Motoristas, cobradores, supervisores e outros profissionais que trabalham nas empresas de ônibus de Salvador estão passando por uma capacitação sobre acessibilidade e como atender pessoas com deficiência. A ação, uma iniciativa das Secretarias de Mobilidade (Semob) e de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), está sendo realizada na Faculdade Anhanguera Iguatemi, no Parque Bela Vista, e segue até esta quarta-feira (21).
O evento reúne especialistas, gestores públicos e representantes de entidades da sociedade civil. O titular da Semob, Pablo Souza, afirmou que o evento tem como objetivo ampliar o debate sobre inclusão e respeito à diversidade no transporte público, e reforçar a empatia e a melhoria do serviço. Ele citou outras ações.
Nesta terça-feira (20), a palestra foi sobre “Acessibilidade e Sensibilidade no Transporte Público de Salvador”, com foco em questões relacionadas a autismo e nanismo. O auditório ficou lotado. A diretora de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência (DPCD) – vinculada à Sempre, Daiane Pina, foi uma das palestrantes do evento.
Proposta – A ideia de capacitar os rodoviários sobre as questões de acessibilidade e inclusão surgiu de uma demanda de mães de crianças atípicas. O coordenador da Semob, Raimundo Dortas, contou que esse foi o segundo evento dessa natureza e que o objetivo é trabalhar empatia, acolhimento e respeito.
“O que essa população deseja é ser ouvida. Estamos debatendo, por exemplo, como pessoas com nanismo podem acessar o transporte público e alcançar o validador do ônibus. Discutimos com a representante da associação a possibilidade de um validador de altura mais acessível. Debatemos sobre como o operador pode lidar com uma crise de uma pessoa autista dentro do ônibus, entre outros assuntos”, disse.
Na plateia lotada estavam profissionais de diversas áreas da mobilidade. O motorista Alan César Gomes, 35 anos, está há 13 anos em atividade como rodoviário e contou que essas experiências são diárias. “Eu fui cobrador antes de ser motorista e já ajudei muitos idosos a subir e descer do ônibus, além de outras pessoas com deficiência. Acredito que temos que nos colocar no lugar dessas pessoas e tentar ajudar”, disse.
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