Se sentindo “abandonado” pelo grupo liderado pelo governador Rui Costa e pelo senador Jaques Wagner, ambos do PT, o deputado federal Marcelo Nilo (PSB) tem se articulado para se filiar a um partido base do ex-prefeito soteropolitano ACM Neto (DEM/União Brasil) e ser candidato ao Senado nas eleições deste ano.
Pessoas próximas a Nilo disseram ao bahia.ba que o parlamentar socialista só vai migrar para o grupo de ACM Neto se for para ser postulante a senador. Do contrário, pretende permanecer na ala petista. No entanto, a chance de migrar para a base “netista” hoje é considerada de 90%.
Para ser candidato de ACM Neto ao Senado, Nilo tem conversado com o MDB, Republicanos, PSDB e Solidariedade. No entanto, ele tem encontrado dificuldades nos partidos. Isso porque os integrantes das siglas resistem a filiar Nilo e ele já “chegar e sentar na janela do ônibus”, segundo aliados do deputado. O PSDB, por exemplo, tem reivindicado uma vaga na chapa de Neto para o prefeito de Mata de São João, João Gualberto, que quer ser candidato a vice-governador.
A expectativa é que o parlamentar socialista decida seu futuro político nos próximos 15 dias. Se mudar de lado político, o seu genro, o deputado estadual Marcelinho Veiga (PSB), também deve migrar para a base de ACM Neto. Veiga desejaria ficar no governo, mas a tendência é que troque de grupo político por apoio ao sogro.
Magoado com Wagner, o deputado do PSB tem dito que a tendência é mudar de lado porque, se permanecer na base petista, “não subirei mais nenhum degrau na política”. O senador petista tem, até o momento, mostrado pouco interesse na permanência do aliado.