O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou neste sábado (18) que fará no dia 4 de janeiro uma audiência pública sobre a vacinação de crianças no Brasil. A imunização contra a Covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos, com a dose da Pfizer, foi aprovada pela Anvisa na última quinta-feira (16).
A informação sobre a audiência havia sido antecipada pelo analista da CNN Caio Junqueira.
“A Anvisa, através de uma decisão de uma gerencia própria, incluiu a vacina da Pfizer para aplicação em crianças da faixa etária de 5 a 11 anos, esse tipo de avaliação da Anvisa tem foco de analisar a eficácia e segurança do produto dentro do contexto estudado e apresentado pela indústria farmacêutica. A introdução desse produto no âmbito de uma política pública requer uma análise mais aprofundada”, afirmou Queiroga.
“Nós vamos fazer um procedimento administrativo para avaliar a decisão da Anvisa em todos os seus aspectos, para, a partir dessa análise, verificar a implementação dessa decisão no âmbito de uma política pública”, complementou o ministro.
No dia 4 de janeiro será realizada uma audiência pública, no Ministério da Saúde, para discutir o que foi oferecido em consulta pública, em adição com o posicionamento da Cetai (Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19). A discussão servirá de base para a decisão final do Ministério da Saúde; segundo informou Queiroga.
De acordo com o ministro, questões em torno da aplicação da vacina em criança devem ser analisadas no “âmbito técnico” e ao “âmbito do Ministério da Saúde”, para, a partir daí, esta política ser seguida por estados e municípios.
Vacinação em crianças
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos de idade no Brasil. A decisão foi divulgada na quinta-feira (16) após avaliação técnica do pedido submetido pela farmacêutica no dia 12 de novembro.
A dosagem da vacina para esta faixa etária será ajustada e menor (um terço) que aquela utilizada por maiores de 12 anos. Segundo a Anvisa, a proposta é ter frascos diferentes, com dosagem específica para cada grupo.
Na reunião pública transmitida ao vivo pela Anvisa, o diretor-geral de Medicamentos da agência, Gustavo Mendes, afirmou que as evidências científicas disponíveis apontam que a vacina administrada no esquema de duas doses para crianças de 5 a 11 anos pode ser eficaz na prevenção de doença grave e de óbitos.