Presidente dos Estados Unidos Joe Biden defendeu, na segunda-feira, decisão de retirada das tropas do Afeganistão. E atribuiu a situação caótica que se instalou com a tomada do poder pelo Taleban ao governo afegão do presidente deposto Ashraf Ghani, pelo seu antecessor no governo, Donald Trump e pela força militar do grupo radical islâmico.
Biden admitiu que a situação avançou mais rápido do que o previsto pelo Pentágono.
Também afirmou que as próprias forças afegãs desistiram de lutar por si mesmas e as tropas americanas não podem continuar lutando e morrendo nessa guerra.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, conversou com chanceleres da China e da Rússia. Ambos se mostraram dispostos a manter relações diplomáticas com um governo comandado pelo Taleban.
Já o Itamaraty destacou a necessidade de se manter o respeito às mulheres e meninas do Afeganistão.
Em nota divulgada na noite de segunda, o governo expressou apreensão com o aumento da instabilidade na Ásia Central.
O texto do Ministério das Relações Exteriores cita preocupação com as graves violações dos direitos humanos.
O governo brasileiro também pediu o engajamento das Nações Unidas para a abertura de diálogo com as forças que tomaram o controle do Afeganistão.