A Polícia Federal (PF) indiciou o dono da empresa marítima grega Delta Tankers, ao lado do comandante, Konstantinos Panagiotakopoulos, e o chefe de máquinas, Pavlo Slyvka, pelo vazamento de óleo que atingiu as águas do Nordeste em agosto de 2019. As manchas foram identificadas na costa nordestina até março de 2020, atingindo uma área de mais de 2000 km. De acordo com a investigação da PF, o desastre ambiental causou um prejuízo de ao menos R$ 188 milhões.
No valor calculado pela PF ainda não estão incluídos os impactos às comunidades pesqueiras, marisqueiras e ao turismo.
De acordo com a Folha de São Paulo, as investigações apontam que os dois tripulantes da embarcação são responsáveis pelo desastre, já que não informaram o vazamento às autoridades marítimas.
Os culpados foram apontados após cruzamento de dados do relatório da empresa Hex Tecnologias Geoespaciais e da apuração da Marinha brasileira, que indicavam que o navio grego Bouboulina havia feito o trajeto na área afetada no mesmo período.
Impacto na Bahia
Em outubro de 2019, 15 municípios baianos entraram em estado de emergência após as manchas de óleo serem identificadas em suas praias. Em novembro do mesmo ano, prefeitos do sul do estado buscaram construir ações conjuntas para enfrentar os impactos do vazamento de petróleo no litoral baiano. O uso das águas para coleta de mariscos, pesca e banho foi impedido. Análises do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) avaliaram a evolução das manchas até índices de substâncias tóxicas serem reduzidos.