Após seis horas de reunião, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou na tarde desta quarta-feira a indicação de André Mendonça, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, para a vaga aberta de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF). Mendonça precisava de apenas 14 votos dos 27 nesta etapa, mas venceu por diferença maior: foram 18 votos a favor e apenas 9 contrários.
Resta agora ao plenário do Senado decidir se Mendonça será o novo ministro “terrivelmente evangélico” do STF, uma das promessas de campanha de Bolsonaro. O presidente chegou a declarar ter pedido a Mendonça que, uma vez aprovado para o STF, iniciasse uma sessão da corte por semana com uma oração. O indicado para o tribunal também é pastor.
Se aprovado pelos senadores, Mendonça assumirá a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello neste ano. O advogado precisa de pelo menos 41 votos favoráveis para obter maioria absoluta. A votação deve ocorrer ainda hoje.
Indicado para o posto por Bolsonaro em julho deste ano, Mendonça tomou um ‘chá de cadeira’ todos esses meses até ver sua sabatina agendada na CCJ, diante de certas resistências entre senadores por não ser conhecido como um garantista. Já no Supremo, não há resistência dos ministros ao nome de André Mendonça.