Após o prefeito Bruno Reis (DEM) afirmar que seguirá a recomendação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Bahia e vacinará, até o Carnaval, 90% da população de Salvador para a realização da festa, o instituto esclareceu que a sua orientação foi mal interpretada. Em nota divulgada nesta quinta-feira (25), a Fiocruz explica que a meta dos completamente imunizados contra a Covid-19 seria necessária apenas para que uma discussão sobre o tema pudesse ser iniciada.
“A recomendação de avanço da vacinação, a pelo menos 90%, seria o fator necessário para que fosse iniciada qualquer discussão, ou seja, atingida esta margem, será necessário avaliar outros fatores citados no documento, a exemplo, do controle da entrada de não vacinados e a testagem, uma vez que o evento atrai indivíduos de outras regiões do Brasil e de outros países”, afirmou o comunicado.
A Fiocruz reforçou que, devido ainda a incertezas, ainda não se pode afirmar nada categoricamente sobre o planejamento do evento que reúne milhões de pessoas. “Tudo dependerá do cenário no período que antecede o carnaval, a partir de janeiro”, firma a nota. Ainda serão avaliadas as consequências das comemorações de final de ano e das férias escolares.
Nesta quarta-feira (24), Reis havia declarado que a recomendação da Fiocruz “dá um conforto maior para tomar uma decisão”. “Vamos chegar no Carnaval com 90% da população vacinada”, completou em seguida. O ofício da Fiocruz foi enviado à Comissão Especial de Acompanhamento da Retomada dos Eventos da Câmara Municipal de Salvador (CMS) nesta terça (23) e lido durante a audiência pública que debatia a realização do Carnaval em 2022.