Homenagem a Jaciara de Jesus, mais conhecida como Cira do Acarajé, que morreu ano passado, uma das mais tradicionais baianas de Acarajé/
Hoje é dia dia que celebramos a Baiana do Acarajé. O Dia Nacional da Baiana de Acarajé é comemorado anualmente em 25 de novembro. A data homenageia a importância histórica e cultural da figura da baiana do acarajé, nome dado às mulheres que se dedicam na produção e venda dessa iguaria típica da Bahia. A baiana é um dos ícones mais populares do Brasil. As quituteiras mais famosas da primeira capital do Brasil, a cidade de Salvador.A profissão de baiana de acarajé foi regularizada através de um decreto da lei municipal de Salvador n° 12.175/1998. De acordo com levantamento da Associação das Baianas de Acarajé (ABAM) existem aproximadamente 3.500 baianas cadastradas, que vendem a iguaria pelo estado.
O Oficio da baiana é um saber tradicional enraizado no cotidiano contemporâneo. O comércio de rua, permitiu que mulheres escravas e libertas fossem além da prestação de serviços aos seus senhores, e estivessem também nos cantos da cidade comercializando para seu sustento e de suas famílias com os seus tabuleiros, tornando-se importantes para a constituição de laços comunitários, além de cumprimentos de suas obrigações religiosas nos terreiros de candomblé. O Oficio da baiana consiste na elaboração do acarajé como seu alimento principal. Feito de feijão fradinho e cebola, frito no formato de ‘bola’ no azeite de dendê é servido com pimenta, camarão, vatapá, salada e caruru.
Foto: Maiana Belo/G1/
O acarajé para os soteropolitanos é mesmo uma iguaria que não pode faltar no fim de tarde, assim como o abará, que são quitutes típicos da gastronomia afro-brasileira. No caso do famoso Acarajé, consiste em um bolinho frito, com massa de feijão-fradinho, cebola e sal, frito em azeite de dendê; pode ser recheado com vatapá, camarão, pimenta ou caruru. Era uma comida destinada aos orixás, conhecida como acará e sua importância na cultura rendeu o título de Patrimônio da Humanidade pelo Instituto do Patrimônio e Artístico Nacional em 2005.