Ricardo Barros acusa CPI de afastar empresas de vacinas, gera revolta de parlamentares

O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara, causou irritação nos senadores após declarar, nesta quinta-feira (12), que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid estaria afastando empresas interessadas em vender vacinas contra o coronavírus ao Brasil.

“O mundo inteiro quer comprar vacina, e espero que essa CPI traga bons resultados ao Brasil. Porque o negativo já produziu muito: afastou empresas interessadas em vender vacina ao Brasil”, disse o deputado.

Em seguida, senadores reagiram. “Isso não é verdade”, afirmou a senadora Simone Tebet (MDB-MS). “Aí não dá. Nós impedimos que houvesse roubo. Que ganhassem dinheiro com vacina. Foi isso que nós impedimos”, exclamou Humberto Costa (PT-PE).

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), defendeu a comissão e disse que “vocês do governo” queriam “tirar proveito” da negociação de vacinas. Barros é líder do governo Bolsonaro na Câmara.

“Afastamento das vacinas que vocês do governo queriam tirar proveito, rapaz”, disse o senador ao deputado.

m seguida, Omar anunciou a suspensão da sessão e disse ainda que iria reavaliar a condição de Barros de convidado da CPI. Isso significa que a CPI pode transformá-lo em convocado, situação em que o depoente é submetido a regras mais rigorosas.

“A reunião está suspensa, e vamos avaliar o convite do deputado federal a esta comissão”, anunciou Omar.

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