O baiano Gilberto Gil foi eleito para a cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras – ABL, com 21 dos 34 votos dos acadêmicos, o tropicalista venceu o poeta Salgado Maranhão e o crítico Ricardo Daunt, nesta quinta-feira (11). Em entrevista a este repórter, após o anúncio de sua vitória, Gil afirma que levará para a ABL aquilo que já construiu como artista e gestor cultural.
“Eu acho que é o que já tenho em mãos, o que represento, o que sou, o grau de articulação que eu consegui ter na vida em relação à questão da vida cultural brasileira. Tenho uma passagem pelo mundo institucional da cultura, como secretário de Cultura de Salvador, ministro da Cultura do país. Uma obra que tem lá seus méritos, seus valores, e um certo dinamismo, uma capacidade empreendedora mínima”, diz o compositor.
“A Academia precisa disso, especialmente depois desse momento maior de paralisação. Precisa ter agora um dinamismo. Eu ofereço isso, o que já me caracteriza. Não posso chegar à Academia sem ser quem eu sou, deixando de ser quem eu sou.”
Gil e a atriz Fernanda Montenegro, eleita por unanimidade para a cadeira 17, robustecem a face popular da ABL. O cantor também aponta para a ampliação do número de acadêmicos negros no futuro. “O significado da presença do negro na vida brasileira precisa reluzir em determinados lugares. É preciso se tornar brilho. A ideia da Academia é essa de brilho, de superfície polida, brilhosa. São oportunidades que têm sido subtraídas o tempo todo aos negros no Brasil.”
Nossa Homenagem ao novo membro da ABL, Gilberto Gil que em 20 de setembro de 2003, então ministro da Cultura de Lula, fez um memorável show na Assembleia Geral em que cantou “Toda Menina Baiana” ao lado do então secretário-geral da ONU, Koffi Annan, e hoje membro da Academia Brasileira de Letras, celebramos a genialidade deste baiano fora de serie.
Relembre o dia em que Lula e Gil foram à ONU e colocaram chefes de Estado para dançar