CPI da Pandemia: relatório final, pede indiciamento de Bolsonaro, seus filhos e mais 65 pesoas e empresas

O relatório final da CPI da Pandemia recomenda 68 indiciamentos, sendo 65 de pessoas e três de empresas, em 29 tipos de crimes. Um deles é o do presidente Jair Bolsonaro, enquadrado em nove tipos penais. Três filhos do presidente também aparecem na lista.

O relatório, de mais de mil páginas, recomenda ainda indiciamento do ex-ministros da Saúde Eduardo Pazuello, e do atual, Marcelo Queiroga, além de autoridades da Saúde, médicos e empresas.

O documento aponta também atraso na aquisição de vacinas, a existência de um suposto gabinete paralelo que teria aconselhado o governo federal na tomada de decisões durante a pandemia, a priorização de tratamento precoce para a covid, entre outros.

Depois de lido, o relatório precisa ser votado. O que vai ocorrer em reunião marcada para a semana que vem. Até lá, segundo o relator, o senador Renan Calheiros, o texto poderá mudar.

Além do relatório oficial, outros dois parlamentares apresentaram textos alternativos. Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, teve algumas sugestões acatadas pelo relator. Já Marcos Rogério, do DEM de Rondônia, e que integra a base aliada na CPI, apresentou relatório nesta quarta-feira. Segundo ele, Renan Calheiros responsabilizou somente o governo federal, e deixou de fora investigação de estados e municípios.

A leitura do relatório da CPI da Pandemia marca a conclusão dos trabalhos da Comissão, que desde o dia 27 de abril, colheu mais de 50 depoimentos, em 67 reuniões. A votação ficou para terça que vem e foi aprovado um pedido de vista coletivo. Na quarta-feira, dia 27, o relatório será entregue à Procuradoria Geral da República.

Edição: Paula de Castro Ribeiro / Guilherme Strozi

 

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