O Brasil ultrapassou oficialmente nesta quarta-feira a marca de 100 milhões de pessoas com a imunização completa contra a covid-19. O número, de acordo com o Ministério da Saúde, significa que 62% do público-alvo da campanha foi vacinado e que 47% da população total está com a imunização completa.
Apesar do avanço da vacinação, os especialistas alertam que é preciso manter os cuidados, como distanciamento social, uso de máscara e álcool em gel. Isso porque o percentual da população totalmente imunizada ainda está abaixo da metade, e também porque a vacina tem impedido os casos mais graves e mortes, mas não a infecção pelo vírus.
O médico epidemiologista Leandro Machado destaca que 100 milhões de pessoas com a vacinação completa é uma marca importante, mas não significa que a população deve baixar a guarda.
O presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, o médico José Urbaéz, ressalta que a porcentagem ainda precisa avançar mais para que se chegue à chamada imunidade coletiva, que é entendida como o momento em que o vírus não circula mais com tanta facilidade.
A vacinação contra a covid-19 tem sido um momento marcante na vida de muita gente nesta pandemia. O servidor público Eduardo Senna, de 40 anos, que perdeu o pai para a doença, conta que foi uma alegria completar a imunização.
Além dos idosos, são mais vulneráveis ao vírus as pessoas com alguma doença preexistente. O advogado Antônio Machado, de 38 anos, é hipertenso e conta que, por isso, mantém muitos cuidados mesmo após a imunização.
Dos mais de 100 milhões de brasileiros totalmente imunizados, cerca de 42% receberam a vacina da AstraZeneca/Fiocruz, 31% a CoronaVac, 24% a da Pfizer e apenas 2% a Janssen. Ainda segundo o Ministério da Saúde, mais de 300 milhões de doses já foram distribuídas para todo o país.
Edição: Bianca Paiva / Beatriz Arcoverde