Foto,: EC. VITÓRIA/
Apresentado no Barradão, o novo treinador do Vitória, esclarece ideias de jogo para manter Rubro-Negro na Série A: “Em todos os lugares você precisa ter intensidade e competitividade”. Thiago Carpini chegou em Salvador e mostrou que não tem tempo a perder. Ele desembarcou na capital baiana por volta das 11h10 desta quinta-feira e, durante a tarde, já foi apresentado oficialmente no Rubro-Negro para o que considera um dos principais desafios da carreira. Nos minutos seguintes já foi a campo para comandar o treino do Leão.
“Não gosto de vender sonho, gosto de trabalhar com a realidade. Precisamos trabalhar com a nossa permanência e depois sonhar com coisas maiores, o trabalho e empenho para isso não vão faltar”.
Uma campanha de recuperação, nós temos total consciência disso. O sonho do torcedor é o mesmo que o nosso, de dar uma resposta, de vencer e classificar para uma Sul-Americana ou Libertadores. […] Não tem mais comissão da casa ou quem chegou, é o Vitória – disse Carpini.
– Um fator que vai fazer total diferença é o nosso torcedor, acreditar novamente é o caminho. A cada experiência a gente traz o amadurecimento, esse período no São Paulo amadureci em vários aspectos. Errei muito e acertei um pouco, saio melhor do que quando tive a oportunidade de chegar no São Paulo. Me vejo cada vez mais preparado, um profissional e ser humano melhor para estar aqui no Vitória. Contribuir nesse início delicado de brasileiro.
Carpini é um treinador jovem para os padrões brasileiros. Aos 39 anos, ele é muitas vezes questionado pela pouca experiência no futebol, principalmente quando se trata de times da Série A. E esse assunto voltou à tona durante sua apresentação no Vitória.
Com trabalhos em clubes do interior paulista como Guarani, Oeste, Inter de Limeira, Santo André, Ferroviária e Água Santa, time em que foi vice-campeão paulista em 2023, Carpini ainda coleciona acesso para a Série A com o Juventude e passagem de altos e baixos pelo São Paulo, seu último clube antes de desembarcar em Salvador.
– No Juventude teve, sim, pressão pelo acesso. Em todos os lugares tem. Futebol é feito de pressão. Cada clube tem uma pressão de um tamanho. Eu vivo futebol nessa nova função há cinco anos, mas minha vida está no futebol. Estou acostumado com isso. A gente torce para que esses momentos não aconteçam, mas é difícil. Nos momentos das críticas a gente tem que respeitar, assimilar erros. A cobrança acontece em todos os lugares. Eu assumi o Guarani em uma situação muito delicada em meu primeiro trabalho e consegui uma continuidade de carreira até chegar aqui. A gente sabe que vai ter dificuldade, mas com unidade a gente joga essas vaias mais para frente.
O próximo confronto direto entre Vitória e Atlético-GO, estava marcado para este sábado, mas a decisão da CBF a favor da paralisação da competição devido às tragédias no Rio Grande do Sul abrem uma janela maior para Carpini implantar suas ideias em busca da recuperação.