A Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19 aprovou nesta quinta-feira, 10, a quebra do sigilo telefônico e telemático do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, do ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e de secretários do Ministério da Saúde que tenham ligação com o chamado “ministério paralelo”. Também foram aprovadas as transferências de sigilo bancário e fiscal de empresas de publicidade.
Entre os membros do “ministério paralelo” que também terão sigilo quebrado estão o empresário Carlos Wizard, a coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI), Francieli Fontana Fantinato, o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo Marques, apontado como autor de uma nota falsa sobre a quantidade de óbitos por Covid-19, o assessor internacional da Presidência da Repúblical, Filipe Martins, e Luciano Dias Azevedo, médico apontado como o autor da minuta de decreto para alterar a bula da hidroxicloroquina.
Além dos registros das conversas telefônicas, os senadores também terão acesso às conversas por aplicativos de mensagens, históricos de pesquisas na internet e também possíveis registros de locomoção registrados em aplicativos de localização, como o Googlemaps.