O IBGE atualizou nesta semana os números oficiais sobre o desemprego no Brasil. De acordo com dados Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a PNAD Contínua, o desemprego recuou no país no trimestre encerrado em julho. A taxa de desocupação no período ficou em 13,7%, um ponto percentual a menos do que o registrado entre os meses de fevereiro, março e abril, os três meses imediatamente anteriores.
O índice de 13,7% de desempregados corresponde a 14 milhões e 100 mil pessoas na fila por trabalho no Brasil.
Segundo o IBGE, o recuo na taxa foi influenciado, principalmente, pelo aumento no número de pessoas ocupadas, que chegou a 89 milhões de pessoas. Mantendo a base de comparação, são 3 milhões e 100 mil pessoas ocupadas a mais entre um trimestre e outro.
O crescimento da ocupação foi observado em diversas atividades econômicas, com destaque, inclusive, para algumas que registraram perdas importantes na pandemia. A analista do IBGE, Adriana Beringuy detalha
Alguns outros aspectos da pesquisa merecem destaque:
– o nosso país tem 5 milhões e 400 mil desalentados, que são aquelas pessoas que desistiram de procurar emprego.
– os trabalhadores por conta própria atingiram contingente recorde: somam 25 milhões e 200 mil pessoas. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, são 3 milhões e 800 mil pessoas a mais trabalhando por conta.
– já os informais, que são os trabalhadores sem carteira assinada, sem CNPJ ou até mesmo sem remuneração, por trabalharem para familiares ou amigos, por exemplo, são agora 36 milhões e 300 mil trabalhadores, num índice de 40,8%; há um ano, esse contingente era de 30 milhões e 700 mil pessoas.
E o último destaque é em relação ao rendimento. Ainda de acordo com o IBGE, apesar da leve melhora na taxa de desemprego, o rendimento real habitual do trabalhador brasileiro caiu: no trimestre encerrado em julho, ficou em R$ 2.508 – abaixo dos R$ 2.583 registrados nos três meses imediatamente anteriores.