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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa neste sábado (8) da reunião técnico-científica da Amazônia, organizada pelo governo de Gustavo Petro, na cidade colombiana de Letícia. Os respectivos ministros de Meio Ambiente dos dois países devem participar do evento.
Estão em curso também as negociações que envolvem os oito países que fazem parte da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica. Os representantes da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela debatem pontos a serem adotados posteriormente na Cúpula da Amazônia, prevista para agosto em Belém (PA).
O documento deve compreender uma agenda regional em favor do desenvolvimento sustentável do bioma, com proteção, inclusão social, fomento de ciência, tecnologia e inovação, estímulo à bioeconomia e valorização dos povos indígenas.
A programação do evento organizado por Gustavo Petro consiste em painéis sobre diversos temas relacionados à Amazônia com especialistas, pesquisadores, representantes dos povos indígenas e da sociedade civil, assim como entidades que prestam cooperação na área. Os resultados vão ser apresentados aos presidentes brasileiro e colombiano, antes da reunião técnico-científica.
Durante a agenda na Colômbia, Lula se encontra com Petro para tratar de temas da agenda bilateral, com ênfase no comércio, investimento e cooperação em matéria de defesa e segurança, entre outros. Na esfera comercial, Brasil e Colômbia registraram intercâmbio recorde em 2022, superior a US$ 7,4 bilhões.
Nesta semana, foi comemorado o 45º aniversário da assinatura do Tratado de Cooperação Amazônica (TCA) pelos oito países cujos territórios abrigam parte da floresta. No documento, assinado em julho de 1978, os Estados assumiram o compromisso de preservar o meio ambiente e fazer o uso racional dos recursos naturais da Amazônia.
“Queremos fazer uma articulação pensando em uma outra oferta de cooperação, que considere eixos estratégicos para o desenvolvimento sustentável, tanto nas ações de infraestrutura quanto nos projetos que sejam capazes de criar sinergia positiva para os nossos países, principalmente no espaço da cooperação técnico-científica”, disse nesta semana a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, sobre o evento.
Para o secretário-executivo de Mudanças Climáticas da cidade de São Paulo, Antonio Fernando Pinheiro Pedro, o evento é “muito importante para a economia global, posto que grande parte dos trabalhos ligados à compensação de carbono dizem respeito à manutenção de florestas”.