Relatório da Polícia Federal mostra militares envolvidos em golpe para manter Bolsonaro no poder

| Foto: Reprodução/

Relatório da Polícia Federal com a análise das mensagens do celular do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, coronel Mauro Cid, aponta que militares da ativa debateram um golpe de Estado no período entre a eleição e a posse de Lula.  “Durante análise do telefone de MAURO CID foi identificado um grupo denominado ‘…Dosssss!!!’. Alguns integrantes foram identificados como militares da ativa. Evidenciou-se que em diversos momentos dos diálogos foram tratados assuntos relacionados ao cenário político-eleitoral que sucedeu o segundo turno das eleições presidenciais”, diz o relatório da PF, tornado público pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta sexta-feira (16).

Registros encontrados no aparelho mencionam cinco militares em diálogos sobre atos e movimentos contra a democracia, em uma tentativa de manter Bolsonaro no poder. Um deles foi transferido para a reserva em abril deste ano.

SÃO ELES…

  • Coronel Jean Lawand Junior
  • General Édson Skora Rosty
  • Tenente-coronel Marcelino Haddad
  • Major Fabiano da Silva Carvalho
  • Sargento Luis Marcos dos Reis
  • No dia 27 de novembro, por exemplo, eles tratam abertamente sobre a possibilidade de um golpe.“Qual ação você está pensando?”, diz um eles. Outro responde: “Uma ação por parte do PR e FA, que espero que ocorra nos próximos dias”.

    PR é sigla para “Presidente da República” e FA para “Forças Armadas”.

    O outro responde: “Olha, posso estar errado, mas acho que estamos caminhando para uma crise interna muito forte”.

  • No dia 27 de novembro, por exemplo, eles tratam abertamente sobre a possibilidade de um golpe.“Qual ação você está pensando?”, diz um eles. Outro responde: “Uma ação por parte do PR e FA, que espero que ocorra nos próximos dias”.

    PR é sigla para “Presidente da República” e FA para “Forças Armadas”.

    O outro responde: “Olha, posso estar errado, mas acho que estamos caminhando para uma crise interna muito forte”.

  • O outro militar diz: “Sim, sem volta, ou PR/FA faz algo, ou seremos arrastados para o problema, o que é pior”.Mais adiante um deles escreve: “Mas ainda há tempo, porém será mais doloroso. Estejamos PRONTOS. Confio muito em NÓS, mas somente em NÓS”.

    Dois dias depois, em 29 de novembro, o grupo trata de uma carta a ser encaminhada ao então comando do Exército para tomar alguma providência sobre o cenário político.

    Um deles anexa no grupo o documento intitulado “CARTA DOS OFICIAIS SUPERIORES DA ATIVA AO COMANDANTE DO EXÉRCITO BRASILEIRO”.

  • Na sequência, dá-se a seguinte conversa: “E aí agora todos colocaremos o nome nessa rela aí né? Ou seremos leões de zap?”. Outro responde: “Ainda nem é possível avaliar o efeito de tudo isso na força”.Mais adiante, no dia 21 de dezembro, um deles escreve: “O nosso estudo acadêmico se tornou além de uma catarse, um embasamento para a covardia”.

    Outro responde: “Se o Bolsonaro acionar o 142, não haverá general que segure as tropas. Ou participa ou pede pra sair!”. Ao que um terceiro diz: “Outros bravateiros…não conseguiram deter uma fraude eleitoral clara dentro do território deles!!!”.

 

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