O cuidado materno e neonatal seguro é o tema escolhido pela Organização Mundial de Saúde para o Dia Mundial da Segurança do Paciente 2021, comemorado nesta sexta-feira.
Dados da Organização Mundial da Saúde, apontam que 830 mulheres morrem todos os dias no mundo por causas evitáveis relacionadas à gravidez e ao parto. Os números são ainda maiores quando se trata especificamente dos bebês: anualmente, 2 milhões e meio deles morrem logo após o nascimento.
Um evento online promovido pela ANS, Agencia Nacional de Saúde Suplementar, debateu nesta quinta-feira ações para aumentar a segurança e os cuidados para mães e bebês durante o parto aqui no Brasil.
A live fez parte das ações da Aliança Nacional para o Parto Seguro e Respeitoso, que reúne cerca de 50 entidades em prol do cuidado materno neonatal, liderado pela Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente.
O idealizador da Aliança, Vitor Grabois, presidente da Sociedade Brasileira pela Qualidade e Segurança do Paciente, afirma que os problemas demandam não apenas políticas públicas, mas também sociais.
Além das políticas sociais, outras as ações que a aliança defende para melhoria da condição de gestantes, bebes e mulheres que tiveram filho recentemente, são o fortalecimento das redes de atenção, prevenção e fortalecimento do pré-natal.
De acordo com o IBGE, a taxa de mortalidade materna no país em 2018 foi de cerca de 59 óbitos para cada cem mil nascidos vivos, quase o dobro da meta da ONU de reduzir para 30 o número de mortes até 2030.
Essa situação foi agravada pela pandemia no Brasil, que chegou a registrar 38 óbitos maternos por covid-19 a cada semana em 2021, segundo dados do Observatório Obstétrico Brasileiro.
Edição: Beatriz Arcoverde