O candidato ao governo da Bahia pelo PCO, Marcelo Millet, foi o último entrevistado da série de sabatinas realizada pela Rádio Metropole, nesta terça-feira (13). Millet falou, várias vezes, em perseguição sofrida pelo seu partido, criticou medidas tomadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e defendeu o armamento da população.
Confira os destaques:
Perseguição
Para Millet, o PCO tem sido vítima de perseguição. Em diversos momentos, o candidato usou o termo para definir dificuldades encontras pela sigla em inserir candidaturas aos pleitos.
“Todas as eleições nós já estamos acostumados a impugnarem nosso candidatos. Não sei porquê, somos candidatos trabalhadores, mas há toda a burocracia, toda perseguição, para que não venhamos a participar”, declarou. Millet, porém, não citou diretamente qual instituição perseguiria o PCO, se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou outra instância.
Crítica ao STF
O candidato também teceu diversas críticas ao STF, que, segundo ele, estaria censurando o PCO. “A gente vê que o extremismo não é nosso, é de um STF [Supremo Tribunal Federal] da vida, que censura nossas redes sociais”, afirmou, se referindo ao bloqueio dos perfis do PCO nas redes pelo ministro Alexandre de Moraes, depois que a sigla foi incluída no inquérito das fake news por disseminar ataques e notícias falsas sobre o STF.
Millet chegou a citar uma outra decisão do ministro do STF, dessa vez contra empresários bolsonaristas. “O Alexandre de Moraes ainda, inconstitucionalmente, invadiu os direitos desses empresários”, afirmou.
Política armamentista
Marcelo Millet defendeu o armamento da população. Ele explicou que o seu programa de governo não é individual, mas do partido e que o PCO acredita no armamento desde antes da ascensão do presidente Jair Bolsonaro (PL), grande defensor das armas.
“Nós levantamos essa tese diante de que nós vimos toda arbitrariedade contra a causa trabalhadora. Não é nada mias justo você armar a classe trabalhadora”, afirmou. O candidato considerou que em um eventual golpe dado por Bolsonaro, os trabalhadores deveriam poder se defender com armas.
“A gente viu agora no Engenho Velho de Brotas em pé de guerra. Se a população tivesse armada, tivesse as comissões de autodefesa, não haveria traficante ‘arrotando grosso’, falando ‘ah, vamos fechar o comércio'”, defendeu o candidato.