Ciro Gomes, candidato do PDT a presidente, defendeu uma política de recuperação da indústria nacional que recorra ao “copia e cola”, especialmente nas áreas de equipamentos de saúde. Ele escolheu Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, para iniciar sua campanha de rua por entender que a região é um exemplo da falência do parque industrial brasileiro.
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Antes de iniciar uma caminhada de 50 minutos pelo calçadão de Campo Grande, ele defendeu a petição ajuizada nesta sexta (19), na qual o PDT pede a impugnação da candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro:
– Caberá ao Tribunal dizer se foi lícito ou ilícito, legal ou ilegal, o presidente da república de uma nação importante do planeta Terra como o Brasil juntar mais de 50 embaixadores no Palácio do Planalto para difamar, com fake news, o país e as suas instituições.
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Ciro disse que caberá ainda à Justiça Eleitoral avaliar se o presidente cometeu crime eleitoral ao usar a TV pública para transmitir o conteúdo da reunião.
Ciro critica dependência de importações chinesas
Ciro pretende explicar pontos temáticos de seu programa de governo na campanha de rua. Em Campo Grande, abordou a reindustrialização. O projeto do PDT prevê prioridades nas áreas de saúde, petróleo e gás, defesa e agronegócios. Ele estava acompanhado dos candidatos do partido ao governo fluminense, Rodrigo Neves, e ao senado, cabo Daciolo.
Ciro lamentou que o Brasil, durante o enfrentamento da pandemia, tenha dependido da importação de respiradores chineses:
– É muito simples, a tecnologia já está vendida, não tem mais nada. Se a gente quiser apressar, faz engenharia reversa, copia e cola. Pega as universidades, a garotada.
Indagado sobre o combate à violência, Ciro foi lembrado pelos jornalista que estava em uma região dominada pela milícia. Ele disse que o seu plano defende o fortalecimento da Polícia Federal para assumir a investigação de crimes que não são enfrentados pelos policiais locais por uma estratégia de sobrevivência, já que suas família vivem em áreas dominadas por esses grupos criminosos.