Morreu neste sábado (13) no Rio de Janeiro o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, aos 68 anos. A informação foi confirmada à reportagem pela família, que afirmou que ele sofria de câncer.
Costa foi o primeiro delator da Operação Lava Jato, deflagrada em 2014, e se tornou pivô do escândalo da Petrobras em seu primeiro ano.
O ex-diretor foi preso em março de 2014, quando a investigação chegou a ele após apuração que inicialmente mirava o doleiro Alberto Youssef. A Polícia Federal descobriu à época que o doleiro havia comprado um automóvel Land Rover para o executivo da estatal.
Costa dirigiu a área de Abastecimento da empresa de 2004 a 2012, durante os governos Lula e Dilma Rousseff. Sua escolha para o cargo foi cercada de controvérsia, já que partiu de indicação do PP —os relatos eram de que líderes do partido exigiram o posto já tendo em vista o potencial de arrecadação nos contratos dessa área.
Em plena reta final da campanha presidencial de 2014, seus depoimentos com relatos de desvios na Petrobras começaram a ser divulgados.
Ele dizia que um cartel de empreiteiras foi formado nos negócios da Petrobras e que havia pagamento de propina, sendo parte destinada aos executivos da estatal e parte aos partidos políticos, incluindo PT, PMDB e PP.