Vice alçado a presidente após o impeachment de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) rechaçou a pecha de golpista, afirmou que a petista é “honestíssima” e atribuiu a queda da ex-chefe do Executivo à inabilidade política.
“Não acho que houve golpe. Eu quero dizer que a ex-presidente é honesta. Eu sei, e pude acompanhar, que não há nada que possa apodá-la de corrupta. Mas houve problemas políticos. Ela teve no relacionamento com a sociedade e com o Congresso Nacional. Esse conjunto de fatores levou multidões às ruas”, declarou o emedebista em entrevista ao UOL.
Ao portal, o ex-presidente comentou ainda sobre a situação de Jair Bolsonaro (PL), sobre o qual recaem mais de 140 pedidos de impeachment. Para Temer, um impedimento do atual mandatário só seria viável com pressão popular e, diante disto, ele diz ser “natural” que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), atue para blindar o presidente. “No entanto, ele deveria logo examinar esses pedidos. Ou processá-los, ou indeferi-los”, avalia.