Os sucessivos aumentos nas contas de energia, sobretudo na bandeira tarifária, gerou um custo adicional de 22,4% para o consumidor da Região Metropolitana de Salvador e de 13% no varejo. Os dados são da Federação do Comércio (Fecomércio-BA) e foram divulgados nesta sexta-feira (3).
“ E esse gasto é o terceiro mais alto no consumo das famílias, perdendo apenas para a gasolina e o plano de saúde. E deve piorar com os novos reajustes das taxas extras”, afirmou o consultor econômico da entidade, Guilherme Dietze. No varejo, a conta de luz equivale a cerca de 12% dos custos.
Citando dados da Coelba, a Fecomércio-BA destacou que a tarifa média de fornecimento de energia para estabelecimentos comerciais e de serviços saltou de R$ 538 MWh para R$ 609, entre os meses de maio de 2020 e 2021, um aumento de 13%.
Guilherme Dietze avalia que, embora a crise na geração de energia não afete tanto o Nordeste, a ‘conta’ vai chegar na Bahia. “A energia gerada (no Nordeste) terá que contribuir para abastecer as regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste, que estão com níveis mais próximos a 20%”.
O consultor pondera que, no momento, o melhor caminho é “cada um fazer o dever de casa, economizar no que for possível para evitar um quadro de estresse na energia e, por consequência, na economia e na renda das famílias, que já têm sofrido bastante desde o ano passado com a chegada da pandemia do coronavírus”.