O Sindicato dos Professores da Bahia (APLB) decidiu manter a greve dos professores da rede municipal mesmo com a decisão do Tribunal de Justiça na Bahia. Nesta segunda-feira (30), primeiro dia em que vigora a ordem judicial, a entidade realiza atos em frente a escolas em diversos bairros de Salvador. De acordo com a sentença, expedida na sexta-feira (27), o movimento paredista tem “claros indícios de ilegalidade e abusividade”.
A medida define que a APLB “se abstenha de praticar qualquer bloqueio ao acesso de servidores às repartições públicas e estabelecimentos escolares, ou qualquer outro ato capaz de prejudicar o funcionamento, ainda que parcial, dos serviços públicos”. A sentença também determina a suspensão imediata da greve e o retorno dos professores às salas de aula. Em caso de descumprimento, a multa é de R$ 20 mil por dia.
Mesmo com a decisão, a APLB manteve a paralisação e convocou atos, divulgando-os inclusive nas redes sociais da entidade. Representantes do sindicato estão em frente a cinco sedes das Gerências Regionais de Educação (GRE), unidades do Subúrbio Ferroviário, Cajazeiras, Pirajá, Liberdade e São Cristóvão.
Em Itacaranha, é possível observar por meio de vídeos divulgados nas redes sociais pelos próprios grevistas que a manifestação bloqueia a entrada principal da Escola Municipal Deputado Cristóvão Ferreira.
Nas redes sociais, a APLB emitiu nota declarando que “não tem conhecimento da veracidade dessa decisão (judicial)” e que “orienta a categoria a cumprir a agenda aprovada na assembleia” realizada na sexta-feira. A entidade, porém, antecipou a próxima assembleia, de quarta para terça-feira.
A Prefeitura também publicou uma nota após a decisão judicial afirmando que “irá garantir o funcionamento das unidades de ensino” e que “os professores que forem para as salas de aula não terão corte em suas folhas de ponto”.
O bahia.ba entrou em contato com o presidente do APLB, Rui Oliveira, e aguarda o retorno.