“Aos poucos a política vai cuidado de tirar a máscara dele”, afirmou o pré-candidato ao governo do estado pelo PT, o ex-secretário da Educação Jerônimo Rodrigues, quando questionado sobre o posicionamento do também pré-candidato ao governo da Bahia, ACM Neto, em relação à corrida presidencial deste ano.
Durante a sabatina promovida pelo jornal Folha de S. Paulo e o site UOL, nesta sexta-feira (27), a jornalista Fabíola Cidral, do UOL, quis saber a opinião de Jerônimo Rodrigues sobre a posição de ACM Neto em não declarar apoio a candidaturas à presidência da República.
“Aos poucos, a política vai cuidando de tirar a máscara dele. Na eleição passada [2018], ele não quis vir para o ringue, teve medo de enfrentar o governador Rui Costa e colocou, de última hora, um ex-prefeito [Zé Ronaldo, União Brasil] de uma importante cidade [Feira de Santana]. Ele deveria ter vindo naquela hora”, comentou Jerônimo.
“Mas, ao final da campanha, ele e o candidato dele assumiram a candidatura e apoiaram o atual presidente [Jair Bolsonaro]. A partir dali ele começou a revelar que tinha lado, mas sempre ali em cima do muro, em uma posição dúbia, querendo tirar proveito da situação, mas com cargos indicados por ele no governo [de Jair Bolsonaro].”, emendou.
Para Jerônimo, o ex-prefeito de Salvador faz um ‘jogo de cena’, mas ‘tem lado’. O ex-secretário da Educação espera que, ao nacionalizar o pleito estadual, haja uma transferência dos votos do ex-presidente Lula (PT) à sua futura candidatura ao Palácio de Ondina.
“Estou ansioso para como é que esse potencial de Lula, de Rui, possa se encaixar. As pesquisas mostram [sem falar quais são] que um pouco mais de 60% dos votos em Lula irão para o candidato dele aqui na Bahia, e o candidato dele sou eu, não adianta ficar querendo pegar carona. É essa nova expectativa”