Por Vitor Castro
Foto: Divulgação / CMS
Materia do Bahia Notícias. Ao que tudo indica o vereador recém-empossado (entenda) Randerson Leal (PDT) não enfrentará grandes problemas mesmo após seu partido ter declarado total apoio ao grupo político de Bruno Reis na tarde desta quarta-feira (27). A probabilidade vem do apoio declarado de Randerson a Geraldo Jr. (MDB) e ao grupo político do governador Rui Costa (PT), oposição na Câmara Municipal de Salvador.
O vereador nunca escondeu seu apoio e lealdade a Geraldo Jr. Isto talvez não fosse tido como um empecilho há pouco tempo atrás. No entanto, após o rompimento do MDB com a base do governo de Bruno Reis o clima na Câmara esquentou e as diferenças, além da briga por espaço, ficaram mais evidentes. O comunicado do PDT de que permanecerá na base de apoio do prefeito trouxe sim um pouco de tensão para as relações.
Ao Bahia Notícias, o presidente estadual da sigla, deputado Félix Mendonça Jr., disse que a declaração não necessariamente tirará a liberdade do vereador, muito menos seu direito de permanecer no partido. “Na verdade, o que a gente vai fazer é esse fechamento de questão. É claro que existirão votações e votações. Algumas votações são liberadas e outras são fechadas questões do partido. [Isso quer dizer que] em votações com questão fechada os vereadores devem acompanhar o partido”, disse, enfatizando que não serão todas as votações que vão ser votações com questão fechada. “Algumas a gente fecha questões e outras não. Nas fechadas os vereadores tem a obrigação de seguir o partido. É claro que isso aí vai ser sem a preocupação de ‘Ah tem que apoiar em tudo?’ Não.”
O PDT conta com três vereadores na Casa. Anderson Ninho, Emerson Penalva e Randerson Leal. Para o presidente da sigla, o fato do último declarar apoio a Geraldo Jr. não justificaria consequências negativas para o filiado. “Esse é o sistema político que vivemos. Acontece aqui e na Câmara dos Deputados também. O partido às vezes fecha questão e, mesmo a gente pensando um pouco diferente, acompanha o partido por obrigação. Sobre sair do partido, só se ele der margem e quando o partido tiver questão fechada e ele não acompanhar o partido. Atualmente não tem por que. Ele tem toda autonomia de pensar como quiser”, declarou.
As lideranças do partido ainda não buscaram o vereador para uma conversa formal. Se a sigla seguir o que disse o presidente, talvez esta nem ocorra. Ao BN, Randerson leal revelou a ausência de uma conversa sobre o tema, mas defendeu o diálogo constante e o respeito a sigla. “Sou muito disciplinado, mas, além de ser disciplinado, sou muito grato as pessoas que me ajudam. Existe a posição do partido que respeito. É onde me formei enquanto político, até porque sempre acompanhei meu pai, que tinha 33 anos no partido, sempre segui a linha dele”, disse.
O vereador deixou claro que não abrirá mão da sua relação com o grupo de oposição ao governo Bruno Reis, mas não hesitou em reforçar sua relação de respeito e afetividade com o PDT. “Quero, e acredito que fico no PDT, meu único partido”, disse, completando: “Sou um cara muito grato as pessoas que me ajudam”. “Sou muito grato ao meu líder político hoje, que é Geraldo Jr. Continuarei firme e forte com Jerônimo e Geraldo Jr. e também com governador Rui Costa e o senador Jaques Wagner. Meu time é esse”.