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O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, foi alvo de um segundo pedido de convocação para prestar esclarecimentos à Câmara por conta de seu envolvimento com a distribuição de verbas da educação com fins políticos. Grupo de deputados do PSOL apresentou requerimento para que Nogueira tenha que falar no plenário da Câmara.
O ministro já tinha sido alvo de outro requerimento de convocação para falar sobre a compra de ônibus escolares pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão que tem na presidência Marcelo Ponte, ex-assessor de Nogueira.
O novo requerimento apresentado nesta quarta-feira, 13, usa como fundamentação a notícia de que o FNDE tem adotado como prática direcionar recursos para novas obras de escolas em cidades que ainda mantém esqueletos de obras paradas. No esquema das escolas fake, políticos aliados de Nogueira alardeiam nas redes sociais que conseguiram liberar recursos para novas obras, mas o valor de fato empenhado (reservado) não chega a 10% do necessário para concluir a construção.
“Vale ressaltar que as graves suspeitas de favorecimento ilícito e tráfico de influência (em suma, corrupção) no MEC – com possível envolvimento do Presidente da República, Jair Bolsonaro – resultaram, recentemente, na exoneração do pastor Milton Ribeiro, o quarto ministro da Educação do governo Bolsonaro”, diz o requerimento da bancada do PSOL. O partido ainda faz menção ao caso dos pastores que atuavam no Ministério da Educação cobrando propina de prefeitos em troca da liberação de recursos para seus municípios.
Estadão Conteúdo