Foto: Divulgação/Victor Britto/
Apenas nos meses de janeiro e fevereiro de 2022, o governo baiano investiu R$ 681,79 milhões em valores liquidados, mais do que São Paulo, tradicional líder nesta área entre os estados, que somou R$ 652,76 milhões no mesmo período. A Bahia ficou logo atrás de Minas Gerais, que assumiu a liderança no país no primeiro bimestre, ao investir R$ 991,72 milhões. Os dados foram extraídos do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro – Siconfi, vinculado ao Tesouro Nacional, pelo jornal Valor Econômico, que divulgou, nesta terça-feira (12), o ranking dos investimentos dos estados neste início de ano.
Em comparação com o próprio desempenho no ano passado, a Bahia registrou crescimento de 216,5%. O total investido em janeiro e fevereiro de 2021 foi de R$ 215,42 milhões. De acordo com especialistas em contas públicas ouvidos pelo Valor, os investimentos dos estados tomaram impulso no decorrer de 2021, quando fecharam o ano com alta real de 83,6% no cômputo geral, e devem se manter fortes ao longo de 2022.
Na Bahia, de acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-BA), os investimentos de 2020 totalizaram R$ 2,47 bilhões, ampliando-se para R$ 4,09 bilhões em 2021. A tendência é que em 2022 o valor investido supere o patamar do ano passado. “A Bahia vem mantendo o equilíbrio fiscal e o ritmo de investimentos ao longo de todos estes anos de crises econômicas sucessivas no país graças à gestão baseada em controle dos gastos, uso intensivo de tecnologia pela fiscalização e combate à sonegação”, afirma o secretário da Fazenda do Estado, Manoel Vitório.
Modelo Bahia
Ao longo dos últimos anos, o governo baiano vem mantendo as contas em equilíbrio e pagando os salários dos servidores rigorosamente em dia e dentro do mês trabalhado, enquanto vários estados atrasaram e até parcelaram estes pagamentos. A Bahia também tem honrado os compromissos com fornecedores e firmou-se em segundo lugar em investimentos desde 2015, atrás apenas de São Paulo no período. O Estado investiu ao todo, de 2015 a 2021, R$ 18 bilhões em áreas como infraestrutura, mobilidade, estradas, saúde, educação, segurança e agricultura, entre outras.
Esta performance, de acordo com o secretário Manoel Vitório, ocorre graças a um conjunto de iniciativas, o Modelo Bahia de Gestão, que articula ações de qualidade do gasto público, modernização do fisco e combate à sonegação. De 2015 a 2021, a Bahia registrou uma economia real de R$ 9 bilhões em despesas com a manutenção da máquina pública, a exemplo de água, energia, material de consumo, combustíveis, viagens, tecnologia da informação, periódicos, contratos de prestação de serviços, entre outras.
A economia foi obtida por meio do programa de Qualidade do Gasto Público. Estes recursos que deixaram de ser gastos com o custeio de atividades do próprio governo foram redirecionados e contemplaram atividades diretamente voltadas para o atendimento às demandas do cidadão