Geraldo Alckmin (PSB), ex-governador de São Paulo, foi indicado oficialmente pelo Partido Socialista Brasileiro como pré-candidato à vice-Presidência da República na chapa com o ex-presidente Lula (PT) nesta sexta-feira (8). A confirmação da indicação foi comunicada por meio de um documento, assinado pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, após uma série de reuniões entre as lideranças do PSB e PT. A confirmação da indicação foi comunicada por meio de um documento, assinado pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, após uma série de reuniões entre as lideranças do PSB e PT.
A confirmação da indicação foi comunicada por meio de um documento, assinado pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, após uma série de reuniões entre as lideranças do PSB e PT.
“Vamos somar esforços para a reconstrução do nosso país. Nós vemos hoje um governo que atenta contra a democracia e as instituições”, disse Alckmin ao lado de Siqueira, Lula e Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT. “Chega de sofrimento para o povo brasileiro. É com esperança, entusiasmo e amor que vamos colocar nosso nome à disposição”.
No evento, Lula afirmou que uma aliança com Alckmin e o PSB teria demonstrado “que é plenamente possível duas forças com projetos diferentes e princípios iguais se juntar na hora de interesse do povo brasileiro”.
As conversas entre Lula e Alckmin para a composição da chapa eleitoral ocorrem há meses, e envolveram a saída do ex-governador paulista do PSDB, partido onde ficou por 33 anos.
Em 2006, ambos foram adversários na disputa à Presidência da República, quando trocaram uma série de acusações ao longo da campanha eleitoral.
A executiva nacional do PT precisará avaliar e referendar a indicação de Alckmin para a chapa. Segundo a âncora da CNN Daniela Lima, a oficialização da chapa deve ocorrer no dia 30 de abril.
“Vamos conversar com toda sociedade brasileira. Vamos tratar com o mesmo respeito um catador de papel e o empresário da maior empresa, um sem terra e um grande fazendeiro”, disse Lula.
“Queremos governar esse país para todos, mas nosso coração está voltado para as pessoas que mais precisam”, continuou o petista.
Alckmin diz aceitar indicação “com honra e entusiasmo”
O ex-governador de São Paulo afirmou que aceita a indicação com “honra e entusiasmo”.
“Não é hora de egoísmo, é hora de generosidade, grandeza politica, desprendimento e união. Politica não é uma arte solitária. A força da política é centrípeta, e vamos somar esforços para a reconstrução do nosso país”, declarou Alckmin a partidários reunidos em um hotel da capital paulista, onde a oferta de seu nome foi feita.
Recém-chegado ao PSB, o ex-governador agradeceu ao partido pela “acolhida” e, ao se referir à disputa eleitoral, criticou a atual gestão de Jair Bolsonaro (PL) como “um governo que atenta contra a democracia e as instituições”.
“O que melhor define as nações que vão bem é exatamente ter boas instituições. O inverso de [ter] boas instituições é autocracia. O governo do ‘o que eu quero, eu faço’, por cima da lei e do interesse publico. O resultado é a maior crise das últimas décadas”, declarou, sem citar o presidente Jair Bolsonaro (PL).
A CNN entrou em contato com o Palácio do Planalto sobre as críticas de Alckmin e aguarda retorno.
Apoio do PSB
“Não temos qualquer dúvida de que é o companheiro Lula quem reúne as melhores condições para articular forças políticas amplas, capazes de dar à resistência democrática a envergadura que permitirá enfrentar e vencer o bolsonarismo”, diz a carta de Siqueira, presidente do PSB.
“Todas e quaisquer chapas que venham a se formar para disputar a Presidência da República são devedoras para com os brasileiros, em termos desses direitos e expectativas, todos eles concretos, objetivos, palpáveis. Apenas uma, contudo, pode entregar à população o muito que, com toda legitimidade, ela exige. Temos convicção absoluta de que esta chapa é a que se consolidará com as candidaturas dos companheiros Lula e Geraldo Alckmin”, conclui Siqueira.