Por Folhapress/
Três prefeitos relataram a senadores, nesta terça-feira (5), que pastores pediram propina para liberar verbas do Ministério da Educação aos municípios. Os depoimentos foram dados na Comissão de Educação.
Gilberto Braga, prefeito da cidade maranhense de Luís Domingues, disse que, em um almoço que reuniu cerca de 30 prefeitos, em Brasília, o pastor Arilton Moura teria pedido um adiantamento de R$ 15 mil para protocolar um pedido de verba para obras em escolas ao FNDE, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
Segundo o gestor, Moura teria pedido ainda um quilo de ouro para a liberação da verba:
Braga é um dos nove prefeitos que foram ouvidos pelos senadores.
José Manoel de Souza, que está a frente de Boa Esperança do Sul, no interior paulista, relatou que, durante o mesmo almoço em Brasília, o pastor Arílton teria lhe pedido dinheiro para liberar verbas para a construção de uma escola técnica:
O prefeito de Bonfinópolis, em Goiás, Kelton Pinheiro, também confirmou aos senadores que o pastor Arilton Moura estaria atuando junto com outro pastor, Gilmar Santos, para intermediar recursos junto ao MEC. Nenhum deles têm cargo público.
Por causa da denúncia, na semana passada, o então ministro da Educação, Milton Ribeiro, pediu exoneração da pasta, mas negou qualquer irregularidade.
Ele foi convidado para dar explicações e não compareceu, por isso, a Comissão decidiu ouvir os prefeitos. Os pastores também deverão ser chamados.
O presidente da Comissão de Educação, senador Marcelo Castro, do MDB do Piauí, disse que as denúncias são graves e serão investigadas no Senado.
Edição: Bianca Paiva/ Renata Batista