O presidente norte-americano, Joe Biden, e seus correspondentes europeus anunciarão novas sanções contra a Rússia e medidas para apertar as sanções já existentes, durante a visita a Bruxelas esta semana, afirmou o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan nesta terça-feira (23).
Além da questão das sanções aos russos por conta da guerra na Ucrânia, Biden também vai discutir e realizar ajustes de longo prazo à posição de força e contingências da Otan em caso de uso de armas nucleares, segundo informou o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan.
As novas sanções, ainda de acordo com Sullivan, serão anunciadas na quinta-feira (24). Joe Biden prometeu não enviar soldados à Ucrânia, mas tem fornecido bilhões de dólares em armas e auxílio à defesa do país invadido. Além disso, o presidente dos EUA garantiu que os membros da Otan serão defendidos se forem atacados.
Depois da Bélgica, Biden irá para Varsóvia, na Polônia, onde se encontrará com o presidente polonês, Andrzej Duda.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.