O presidente Jair Bolsonaro admitiu o perigo da crise hídrica enfrentada pelo país, a qual definiu como “a maior da história” e “problema sério”. Dizendo que a situação está no “limite do limite”, ele fez um apelo para que as pessoas economizem energia e “apaguem um ponto de luz” em casa.
“Vou até fazer um apelo a você que está em casa agora, tenho certeza de que você pode apagar um ponto de luz na sua casa agora. Peço esse favor para você, apague um ponto de luz agora”, afirmou o presidente, durante a live semanal. “Ajude-nos, assim você está ajudando a economizar energia e a economizar água das hidrelétricas. (…) Estamos no limite do limite”.
Até agora, a solução encontrada pelo governo foi acionar as usinas termelétricas — o que acaba jogando a conta para o bolso do consumidor. “Com a escassez de água, acaba surgindo a necessidade de acionar mais termelétricas, que funcionam com queima de combustíveis fósseis e outras fontes de calo e têm um custo maior”, explica a economista Sara Ferreira, da Valor Investimentos.
Apesar do alerta do ONS e do apelo do presdente, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, voltou ontem a descartar a possibilidade de racionamento, embora tenha admitido a necessidade de economizar energia. “Apesar das adversidades, (o país) tem demonstrado capacidade de superação, por meio de números expressivos, com destaque nos investimentos e criação de empregos do setor de energia. É essencial que sejam estabelecidas políticas públicas coerentes com a necessidade da população, preservando a segurança energética e priorizando a racionalidade econômica”, disse o ministro, durante entrega do prêmio Abradee 2021, da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica.
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