Foto: Paulo José/Acorda Cidade/
Nesta terça-feira (15) a Câmara Municipal de Vereadores deu continuidade às oitivas da CPI da Saúde, que investiga supostas irregularidades em contratações realizadas pela Prefeitura Municipal de Feira de Santana. A sessão, no entanto, não ocorreu de forma tranquila, houve discussão acirrada entre vereadores que se exaltaram e foi preciso acionar a Polícia Militar para conter a situação. Também houve acusação de abuso de autoridade durante o depoimento da assessora do Gabinete do Prefeito Colbert Martins Filho, Eliene Cerqueira, conhecida como Dona Liu. Vereadores da oposição tentaram confiscar o celular corporativo da servidora, e por conta da situação, o governo municipal comunicou por meio de nota que vai processar os vereadores envolvidos.
Ao Site Acorda Cidade, o vereador Ivambeg Lima (PT), relator da CPI, informou que foi solicitada uma perícia no celular, que teria mensagens com indicações de cargos. Ele também informou que alguns dos documentos que foram deixados pelo secretário municipal de Saúde, Marcelo Brito, com mais de 380 mil páginas, ajudaram a comprovar irregularidades em contratações. A exemplo, de assessores que estavam recebendo pagamento oriundo de verbas carimbadas da saúde.
“Chamamos Dona Liu e a prefeitura quase que em peso esteve aqui na Câmara e aí, durante a oitiva dela houve essa questão do celular, na qual o vereador Pedro Cícero externou sobre as indicações, passou inclusive para ele indicações [de cargos] para que fossem contratados e ela retrucou dizendo que se ele tinha a mensagem no celular, ela tinha a mesma mensagem e solicitamos que esse celular fosse para a perícia. Houve aí um tumulto muito grande. Ela disse que o celular não estaria aí e nós pedimos uma perícia neste celular até mesmo porque não poderíamos ficar com o celular nem periciar porque não temos conhecimento técnico para tal, mas a CPI pode requerer da polícia que o faça e foi o que fizemos. Ela colocou o modelo e o número de celular no requerimento de próprio punho e ela não pode destruir nenhuma prova, até mesmo porque a tecnologia rastreia qualquer prova que foi destruída no celular. A não ser que suma com esse celular”, informou