Foto: Divulgação/Bahiatursa
Para combater o preconceito contra pessoas com Síndrome de Down e promover a conscientização sobre o assunto, foi realizada, na manhã deste sábado (12), mais uma ação do projeto Pegue Leve, com o apoio do Governo do Estado. Com cerca de 500 pessoas, o evento contou com a participação de crianças e adultos em aulas de dança, capoeira e boxe, além de diversas palestras que debateram, entre outros assuntos, a importância da visibilidade social das pessoas com Síndrome de Down.
Participaram das palestras a assistente social Lívia Borges, coordenadora SerDown Bahia e diretora Nordeste da FBASD; o estudante de educação física Álvaro Borges Neto, que nasceu com a síndrome e é faixa roxa em jiu-jitsu, praticante de boxe há dez anos, diretor de relações públicas da SerDown e autodefensor pela Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down; e a médica geneticista Tatiana Amorim, professora de medicina da Uneb, coordenadora do Núcleo de Pesquisa Científica e coordenadora do Serviço de Referência em Doenças Raras da APAE Salvador.
O evento também teve a participação do DJ Telefunksoul nos intervalos das palestras, animando os convidados. Em suas apresentações, a médica e a assistente social destacaram que a atividade esportiva é qualidade de vida e deveria ser obrigatória para todos. Tatiana Amorim ressaltou que quem tem Down não deve ser chamado de portador, porque não é uma doença e sim uma condição de vida. O evento contou, ainda, com roda de capoeira do mestre Valmir, e aulas de dança e de boxe, esta última ministrada pelo professor Jailson Santos
Conscientização
21 de março é o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data foi escolhida porque a síndrome é uma alteração genética no cromossomo “21”, que deve ser formado por um par, mas no caso das pessoas com a síndrome, aparece com “3” exemplares (trissomia). Em Salvador, um evento chamará atenção ao dia. Oficialmente estabelecido em 2006, o dia 21 de março tem a finalidade de dar visibilidade ao tema, reduzindo a origem do preconceito, que é a falta de informação correta.
Descoberta em 1862 pelo médico britânico John Langdon Down, a Síndrome de Down não é uma doença e não impede que o indivíduo tenha uma vida social normal. Por um decreto de lei nacional, a criança com Síndrome de Down deve ser matriculada em escola regular. O Pegue Leve chamou atenção especialmente das pessoas pouco informadas sobre as capacidades das pessoas com a síndrome.
No Brasil, existem aproximadamente 300 mil pessoas com Síndrome de Down, segundo dados do IBGE. A inclusão dessas pessoas na vida escolar e profissional aumenta sua possibilidade de desenvolvimento, além de reforçar para sociedade a necessidade de respeito às diferenças, quaisquer que sejam.
O Projeto Pegue Leve é uma iniciativa da Mais Ações Integradas e tem o objetivo de elevar temas como as campanhas da OMS (Organização Mundial da Saúde) para a sociedade como um todo, levando informação, conscientização e principalmente prevenção.
Fonte: Ascom/Bahiatursa