A Dívida Pública Federal subiu no mês de julho e já está perto de R$ 5,4 trilhões, em alta de 1,24% em relação a junho. A projeção do Tesouro Nacional é que a dívida continue subindo nos próximos meses e feche o ano com valor próximo a R$ 5,5 trilhões. Quando os juros que corrigem a dívida sobem, a dívida sobe junto. O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, da Secretaria do Tesouro Nacional, Luis Felipe Vital, explica que a alta dos juros reflete o cenário de incertezas.
No cenário internacional, o clima foi otimista, mas o Brasil não acompanhou essa tendência. Enquanto a percepção de risco dos investidores reduziu para Chile, Colômbia, México e Peru, aumentou para o Brasil.
De acordo com o coordenador de Operações da Dívida, Luis Felipe Vital, os investidores estrangeiros estão inseguros sobre o impacto econômico da variante delta do coronavírus no mundo e, aqui no Brasil, a preocupação é que isso atinja as contas públicas.
A maior parte da Dívida Pública é aquela chamada de mobiliária interna, feita por meio da emissão de títulos públicos. O governo vende esses títulos da dívida para pegar dinheiro emprestado dos investidores e honrar compromissos financeiros. Em troca, devolve os recursos depois de alguns anos. Esses valores podem ser corrigidos pela taxa básica de juros, a Selic; pela inflação; pelo dólar ou pode ter uma taxa de correção prefixada – ou seja, definida no momento da compra do título.
*Com informações de Wellton Máximo, da Agência Brasil