Após diversos protestos realizados por rodoviários em Salvador, a extinta Concessionária Salvador Norte (CSN) divulgou uma carta aberta na qual se solidariza com os trabalhadores demitidos, que ainda não receberam as suas verbas recisórias. Segundo a empresa, a prefeitura da capital “tem condições e obrigação” de pagar os direitos trabalhistas do ex-funcionários.
De acordo com a CSN, as últimas demissões aconteceram por intevenção da administração municipal. A antiga concessionária acrescenta que as rescisões poderiam ser pagas com o patrimônio da empresa. Ela ainda cita créditos detidos contra a prefeitura, que foram usados no pagamento dos empregados não aproveitados após uma seleção em Reda (Regime Especial de Direito Administrativo).
“Ocorre que há dificuldades na venda dos terrenos e, neste momento, quem tem condições e obrigação de pagar a rescisão dos funcionários é o Município de Salvador, com o apoio do Sindicato dos Rodoviários da Bahia”, diz a carta. “Esta deve ser a prioridade, conforme previsto nas normas legais e regras do contrato de concessão”, completa.
A CSN afirma que a prefeitura “sabe que deve e, caso se disponha a pagar as verbas trabalhistas, pode excluir o valor pago aos empregados da indenização futura que pagará à CSN e aos acionistas”. Os acionistas da CSN informaram que colocaram todos os ativos da empresa e dos acionistas à disposição da Justiça do Trabalho em busca de uma solução dos problemas.
