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Como um dos cinco membros permanentes, a Rússia vetou o projeto de uma resolução proposta noConselho de Segurança das Nações Unidas que demandava o fim dos ataques e a retirada de todas as tropas russas do território ucraniano.
China, os Emirados Árabes Unidos e a Índia se abstiveram de votar na resolução redigida pelos Estados Unidos. Os 11 membros restantes do Conselho votaram a favor, incluindo o Brasil, que condenou o ataque russo.
Em discurso prévio à votação, o embaixador brasileiro Ronaldo Costa Filho disse que se o Conselho falhou em prevenir a guerra, tem agora a obrigação de promover a suspensão dos ataques. Ele apelou para a retirada das tropas russas e reforçou o pedido por uma solução diplomática.
“Enquanto ouvimos relatos de aumento de mortes de civis, e medo e devastação na Ucrânia, um cenário que qualquer guerra gera, nosso principal objetivo agora é imediatamente parar as hostilidades”, disse.
O embaixador também afirmou que a Rússia não tem o direito de ameaçar a integridade e a soberania de outro país. “O Brasil tentou procurar esse equilíbrio, de manter espaço de diálogo”, afirmou, enquanto defendeu que a força contra o território de um país não é aceitável. “Uma linha foi cruzada”, completou.
Como o Estadão mostrou, o governo brasileiro hesitou em adotar um tom mais duro contra a Rússia.