Com o avanço da vacinação, especialistas consideram que o mais provável é que a pandemia do novo coronavírus evolua para uma situação de endemia, que é quando o vírus continua circulando em menor escala e de forma sazonal, como acontece com a gripe e o H1N1.
A diretora da Associação Brasileira de Saúde Coletiva e professora de medicina da Universidade Federal de Pelotas, Ana Cláudia Fassa, alerta que a vacinação, apesar de eficiente para prevenir casos graves, não é tão eficiente em evitar casos leves, o que mantém o vírus circulando.
Para a especialista, numa situação endêmica do coronavírus será necessário manter certas medidas preventivas, e aprimorar os serviços de vigilância sanitária e epidemiológica para barrar eventuais novos surtos.
A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações do Distrito Federal, Cláudia Valente, também acredita que o mais provável é que a pandemia evolua para uma endemia. De toda forma, a especialista acredita que a vacinação em massa trará de volta certa normalidade. Para ela, no mínimo, é necessário que ao menos 90% da população esteja plenamente vacinada.
Os principais fatores apontados pelas especialistas que tornam ainda incerto o futuro da pandemia são: as dúvidas sobre o tempo em que permanece alta a imunidade das pessoas já vacinadas ou que tiveram a doença; a necessidade ou não de uma dose de reforço para o conjunto da população; e o risco de novas variantes resistentes às atuais vacinas.
Edição: Jacson Segundo / Guilherme Strozi