O Instituto para Análise Clínica e Econômica, nos Estados Unidos, avaliou os preços de três medicamentos para tratar pacientes com covid-19 e que tiveram uso emergencial autorizado pela FDA, a agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos, correspondente à nossa Anvisa. Esses remédios evitam que a doença evolua para casos graves ou mortes.
Dois deles são comprimidos antivirais e que devem ser tomados durante cinco dias. De acordo com o levantamento, divulgado pela agência de notícias Reuters, o tratamento com Paxlovid, desenvolvido pela Pfizer, custa US$ 530, o correspondente a R$ 2.800. O Molnupiravir, da MDS, custa o equivalente a R$ 3.700. O terceiro medicamento é o anticorpo Sotrovimab, que deve ser injetado uma única vez, por mais de R$ 11 mil.
O médico infectologista Julival Ribeiro destaca que os países devem começar o quanto antes a discutir formas de tornar mais baratos esses tratamentos.
O instituto de pesquisa avaliou que os preços desses remédios estão razoavelmente alinhados com o quanto eles podem ajudar os pacientes. De acordo com pesquisas recentes, eles podem reduzir em até 88% o risco de internação, inclusive de pacientes contaminados pela variante ômicron do coronavírus.
Um quarto medicamento também teve o preço analisado. Diferentemente dos outros três, ele não foi desenvolvido para tratar covid-19. É o antidepressivo Fluvoxamine, que está no mercado há 40 anos e tem propriedades anti-inflamatórias. Após o paciente já infectado fazer o tratamento, que dura 10 dias e custa pouco mais de R$ 50 reais, o risco de internação reduz 35%.
Edição: Roberto Piza/Edgard Matsuki