Diante do surto da variante ômicron da Covid-19, o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha, enviou, aos padres e diáconos, um comunicado oficial que reforça a necessidade dos cuidados sanitários de enfrentamento à pandemia nos atos religiosos da capital.
Na carta, o arcebispo solicita que os líderes religiosos sigam com rigor as regras decretadas pelo Governo da Bahia. “A nova fase da pandemia covid-19 em que nos encontramos, marcada pela rápida propagação da variante ômicron e agravada pelo surto de gripe, têm exigido a adoção de novas medidas sanitárias. No estado da Bahia está em vigor, a partir de 24 de janeiro, o Decreto 21.067, estabelecendo os protocolos a serem observados. Peço a todos o empenho em cumprir, na Arquidiocese de São Salvador da Bahia, as normas sanitárias estabelecidas”.
Dom Sergio ressaltou a importância do “incentivo à vacinação” contra a Covid-19 e da pesquisa científica, além de rechaçar a propagação de informações falsas e o negacionismo. “Temos a grave responsabilidade de continuar a colaborar para preservar a vida e a saúde da população, evitando enfermidades e mortes. Não temos competência para deliberar normas no campo da saúde pública, principalmente, no grave cenário de pandemia. É preciso redobrar o cuidado para não propagar as denominadas ‘fake news’ a respeito da pandemia, que são de fato ‘mentiras’ que atentam contra a vida das pessoas, induzindo-as a não observarem as medidas de saúde pública estabelecidas ou a não se vacinarem”, diz o texto.
“Continuemos a rezar pela superação desta pandemia e, de modo especial, pelos enfermos, pelos falecidos, pelas famílias enlutadas e por aqueles que estão a serviço dos doentes e fragilizados. Peço as bênçãos do Senhor do Bonfim para todos, pela intercessão de Nossa Senhora da Conceição da Praia, de São Francisco Xavier e de Santa Dulce dos Pobres”, finaliza o comunicado.
De acordo com o último decreto estadual, os atos religiosos litúrgicos na Bahia podem ocorrer desde que, cumulativamente, seja atendida uma série de requisitos. Entre estes está o limite de ocupação limitado a 50% da capacidade do local, até o máximo de 1.500 pessoas; a fiscalização do espaço, para evitar aglomerações; a abertura de portas de janelas, para permitir a ventilação no local; o distanciamento social e o uso de máscaras.
Frente a isto, as normas e orientações litúrgicas propostas pela Santa Sé e pela CNBB determinam as seguintes medidas nas celebrações religiosas:
- Omitir o abraço da paz; não dar as mãos na oração do Pai Nosso; ao comungar receber a hóstia na mão;
- A distribuição da comunhão deve ser feita com o uso de máscara facial e a prévia higienização das mãos;
- Na procissão para a comunhão eucarística, os fiéis devem respeitar o distanciamento recomendado;
- Os microfones devem ser devidamente higienizados, evitando-se o seu uso comum;
- Não devem ser distribuídos folhetos litúrgicos de uso comum.