Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave no Brasil deram um salto de 135% quando comparadas as três últimas semanas de novembro do ano passado com os últimos 21 dias.Nesse período, o número de registros da doença respiratória passou de 5 mil e seiscentos para 13 mil. O aumento dos casos contabilizados no país consta no último boletim InfoGripe, divulgado neste sábado (15) pela Fundação Oswaldo Cruz.
Os números indicam que o crescimento foi consequência tanto da epidemia de gripe quanto pela retomada de casos de covid-19, provocada pela variante ômicron. No caso do coronavírus, a velocidade com que a doença se espalhou na população cresceu semanalmente de 4% para 30%, segundo a Fiocruz.
O boletim mostra que em todas as faixas etárias houve aumento de casos associados ao vírus Influenza A em novembro e dezembro. No entanto, os dados relativos ao final de dezembro e à primeira semana de janeiro apontam para a retomada do cenário de predomínio da Covid-19.
Das 27 unidades federativas, 25 apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo, que analisa as últimas seis semanas. O estado do Rio de Janeiro, embora mostre estabilidade quando se leva em conta esse período, tem indícios de crescimento de curto prazo. Apenas Roraima mostrou sinal de estabilidade em ambas as tendências.
O boletim da Fiocruz sugere que o cenário de aumento de casos graves de influenza e de Covid-19 pode ter relação com as festas de fim de ano, o que reforça a necessidade de manter as medidas que evitam a propagação de vírus.
Edição: Sâmia Mendes / Guilherme Strozi