MEI: Sebrae reúne 150 alternativas para quem quer empreender em 2022

A onda de desemprego causada, principalmente pela pandemia, fez crescer no Brasil o número de empreendedores por necessidade. Aquelas pessoas que decidem montar um negócio ou prestar serviços porque encontram dificuldades de se recolocar no mercado de trabalho. De acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2020, realizada no Brasil pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ), 82% dos novos empreendedores afirmam que foram motivados pela carência de emprego. Com objetivo de apoiar os empreendedores por necessidade, o Sebrae criou a série de Ideias de Negócios MEI.

A página já está no ar e conta com mais de 107 ideias de empreendimentos que podem ser executados pelos mais de 14 milhões de desempregados ou por quem, mesmo que esteja trabalhando, deseje complementar a renda. Até janeiro de 2022, serão mais de 150 Ideias de Negócios MEI. O conteúdo feito pelos colaboradores do Sebrae, a partir do cruzamento de dados, apresenta informações de extrema relevância para quem busca empreender: renda média mensal, custo de investimento inicial para o empreendimento, demanda de clientes no Google, concorrência digital e performance nas redes sociais.

O analista de Soluções do Sebrae Lúcio Pires explica que as Ideias de Negócios MEI são fruto do trabalho da equipe que selecionou as profissões mais procuradas na internet, que são exercidas de maneira informal e que podem ser formalizadas através da figura do Microempreendedor Individual. “Churrasqueiro, adestrador de cães e cabelereiro, por exemplo, são serviços que aumentaram muito a demanda, mesmo com a pandemia. Através dos dados que trazemos na palma da mão dos usuários, a pessoa que tem afinidade com essas funções pode empreender, gerar emprego, renda e até mesmo se formalizar, garantindo benefícios previdenciários e financeiros”, afirma.

Ao comparar dados de fevereiro de 2020, período pré-pandemia, com números de agosto de 2021, por exemplo, há profissões que aumentaram consideravelmente o número de pessoas buscando pelos serviços. Churrasqueiro apresentou um aumento de 92%, lavador de móveis 64%, manicure 58%, encanador 58% e lavador de carros 51%. Lúcio destaca que os serviços, em geral, exigem um baixo investimento, de até R$ 1 mil, e têm retorno financeiro praticamente imediato. “Se analisarmos o caso de uma manicure e extensionista de unhas, a pessoa compra o material gastando entre R$ 300 e R$500 e tem como renda média R$ 2,5 mil, o que é bem acima do salário mínimo”, comenta Pires.

Outro ponto alto que favorece os empreendedores por necessidade que irão se inspirar no Ideia de Negócios MEI é o potencial das redes sociais. Segundo Lúcio Pires, todas as profissões sugeridas podem se beneficiar da presença digital para melhorar os seus resultados. “O Sebrae apresenta os principais canais que podem ser explorados pelo empreendedor, o custo médio de acesso à clientes no Google (caso a pessoa vá fazer anúncios online) e a concorrência média do segmento no Google Ads. Com esses dados a pessoa pode dar início ao negócio performando muito bem na divulgação digital”, acrescenta.

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