Confiança em baixa e pressão por resultados: Rogério Ceni analisa momento do Bahia na Série A

Foto: Rafael Rodrigues/

Falta de confiança foi o ponto norteador da coletiva de Rogério Ceni após a partida contra o Juventude, em que o Bahia perdeu de 2 a 1 após abrir o jogo com gol no primeiro minuto. Ao longo de suas falas, o técnico tricolor afirmou que o problema do time é muito mais psicológico do que tático, e comentou sobre maneiras de ‘ressuscitar’ o Bahia do início da temporada. “Eu acho que isso é muito relacionado à perda de confiança que nós tivemos devido a essa sucessão de resultados negativos no último mês de outubro, onde nós perdemos dois, empatamos um jogo… agora contra o São Paulo, vínhamos bem no jogo, perdemos o jogo. Hoje saímos, tínhamos tudo para reverter isso, principalmente com o gol no início da partida, mas não conseguimos controlar o jogo como a gente imaginava”, comentou Ceni sobre a sequência se cinco jogos sem vencer que o tricolor baiano vem enfrentando.

Em reta final de Brasileirão, o campeonato chegou a sua 33ª rodada, restando poucos jogos para que o Bahia se reestabeleça no topo da tabela. “Nós vamos ter que reverter isso, um trabalho psicológico, mental, fortalecimento disso. É difícil, quando você perde a confiança, às vezes demora um pouco de tempo. E não há mais muito tempo, são só mais cinco rodadas. Hoje era um jogo fundamental. Eu já havia dito, depois do jogo de São Paulo, que hoje se tornava um jogo fundamental, e nós tivemos tudo”, opinou.

Sobre a relação com os torcedores, que tem sido de muita insatisfação nas redes sociais e até mesmo fora delas, com protestos que penduraram um boneco de Ceni no viaduto próximo à Arena Fonte Nova, o técnico deu razão à insatisfação da torcida tricolor.

Eu sei que o torcedor tá magoado, tá chateado, e com toda razão. Mas o que nós temos que tentar nessas últimas partidas é fazer com que o time chegue aonde ele esteve durante toda a temporada, que foi em busca dessa vaga para a pré-Libertadores”, afirmou.

O técnico se responsabilizou pela situação que o tricolor baiano enfrenta: “Não tem pra onde correr, a responsabilidade maior é minha. As escolhas são feitas por mim, e eu acho que desde aquele jogo com o Flamengo, se não me engano, nós não fizemos um bom jogo”.

Para Ceni, a meta do Bahia, agora, não é mais mirar no topo da tabela, mas sim alcançar a vaga na Libertadores: “De São Paulo para cima, não há possibilidade de a gente avançar nesse momento, nós temos que viver a realidade e jogar um campeonato que é o campeonato do Cruzeiro hoje, que toma a nossa posição por um ponto. É esse campeonato de últimas cinco rodadas, e nós temos que tentar liderar esse campeonato, para conseguir entregar o que a gente almeja”.

 

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