Foto: Tiago Caldas/
segunda final do Campeonato Baiano foi tudo o que se espera de um clássico tradicional como o choque entre Bahia e Vitória. Diante de mais de 48 mil torcedores, o Esquadrão tentou dominar as ações, mas saiu atrás no placar e buscou o empate ainda no primeiro tempo. Contudo, com um homem a menos, não teve forças para buscar a virada.
O Vitória, por sua vez, dominou as ações, mas desperdiçou muitas chances e mesmo com 1 x 1 no placar conquistou seu primeiro título baiano da década, quebrando jejum que vinha desde 2017. Vale lembrar que o Leão não chegava à uma decisão estadual desde 2018.
O jogo – Bahia x Vitória
O primeiro tempo da finalíssima entre Bahia e Vitória, na Arena Fonte Nova, foi bastante quente. Jogando em casa, o Tricolor de Aço tentou se impor desde o primeiro minuto, pressionando a saída de bola do Leão e ocupando o campo de ataque. O Rubro-negro, por sua vez, buscava as transições rápidas em contra-ataque, explorando erros de passe do Esquadrão.
E foi assim que saiu o primeiro gol. Aos 13, o Vitória cobrou escanteio na área. A defesa do Bahia cortou, mas o setor ofensivo do Leão retomou a posse de bola. Assim, PK levantou novamente e achou Alerrandro, que arrematou para boa defesa de Marcos Felipe. Contudo, no rebote, Wagner Leonardo, livre, empurrou para as redes para aumentar a vantagem.
Porém, a dianteira rubro-negra durou pouco. Sem se abalar com o gol, o Esquadrão seguiu com mais posse de bola e tentando cercar a área do goleiro Lucas Arcanjo. Dessa forma, em jogada pela esquerda, Biel e Jean Lucas tabelaram e cruzaram na área para interceptação parcial do arqueiro do Vitória. Assim, a bola sobrou para Everton Ribeiro, que finalizou no ângulo para empatar.
Entretanto, após conquistar o primeiro gol, quando vivia seu melhor momento no jogo, o Bahia sofreu um duro golpe. Em lance de disputa com Osvaldo, Rezende acabou derrubando o atacante do Vitória. O árbitro de campo não marcou a falta, mas após ser chamado pelo VAR acabou revendo a decisão e expulsando o jogador do Esquadrão.
Com um jogador a mais, o Vitória teve duas grandes chances de voltar a frente. Primeiro, em jogada individual, Rodrigo Andrade arrancou, driblou o goleiro Marcos Felipe e balançou as redes em lance que acabou impugnado pela arbitragem. No lance seguinte, o Leão quase marcou após triangulação na esquerda, quando PK cruzou na área e o volante bateu para grande defesa do arqueiro tricolor.
Precisando da vitória para levar o jogo ao menos para as penalidades, o Bahia passou a se expor para o contragolpe no segundo tempo. Jogando com o time adiantado e dominando a posse, mesmo assim o Esquadrão sofria com a marcação do Vitória, que conseguia controlar as as ações em campo.
No ataque, por sua vez, o Leão seguia mais perigoso. Dessa forma, explorando as descidas em velocidade, o Vitória conseguiu criar três boas chances na primeira metade da etapa final com Osvaldo, Iury Castilho e Alerrandro, que acertou a trave do goleiro Marcos Felipe.
Assim, sem conseguir produzir ofensivamente, o Bahia foi lançado mais à frente por Rogério Ceni, que acionou Estupiñán e Ademir nas vagas de Everton Ribeiro e Caio Alexandre. Com as mudanças, o Tricolor tentou imprimir uma blitz à meta do goleiro Lucas Arcanjo, mas sem sucesso, devido à dificuldade de romper as linhas de marcação postadas por Léo Condé.
Entretanto, as mudanças não surtiram o efeito necessário, pois quem continuou sendo mais perigoso foi o Vitória. Inclusive, o Rubro-negro teve duas grandes desperdiçadas por Rodrigo Andrade, que tentou de voleio após cruzamento na área, Iury Castilho e Matheusinho, que pararam em defesas do arqueiro tricolor.
Dessa forma, sem ser ameaçado, mas sem conseguir converter suas chances, coube ao Vitória administrar os minutos finais para poder soltar o grito de campeão que estava preso na garganta dos seus torcedores. Em 2024, o estado voltou a ser rubro-negro após sete anos.
Ficha do jogo
Bahia 1
Marcos Felipe; Arias, Kanu, Victor Cuesta e Rezende; Jean Lucas, Caio Alexandre (Ademir) e Everton Ribeiro; Cauly, Biel (Luciano Juba) e Thaciano. Técnico: Rogério Ceni.
Vitória 1
Lucas Arcanjo; Zeca, Wagner Leonardo, Camutanga e PK (Lucas Esteves); William Oliveira, Rodrigo Andrade (Caio Vinícius) e Dudu (Iury Castilho); Matheusinho, Osvaldo (Mateus Gonçalves) e Alerrandro (Zé Hugo). Técnico: Léo Condé.
Local: Arena Fonte Nova
Árbitro: Emerson Ricardo de Almeida Andrade
Assistentes: Luanderson Lima dos Santos e Elicarlos Franco de Oliveira
VAR: Daniel Nobre Bins (FIFA-RS)
Gols: Wagner Leonardo aos 13/1ºT (Vitória), Everton Ribeiro aos 19/1ºT (Bahia)
Cartões amarelos: Jean Lucas, Gilberto (Bahia)Matheusinho, Dudu, Wagner Leonardo e Lucas Esteves (Vitória)
Cartão vermelho: Rezende (Bahia)
Público: 48.587 torcedores
Renda: R$ 1.723.635,00