Israel anuncia retirada de suas tropas no sul de Gaza

Foto: Israeli Army / AFP/

O exército de Israel informou, neste domingo (dia 7), que todas as tropas que atuavam no sul do território de Gaza foram retiradas da região, dia em que a guerra entre Israel e Hamas completa seis meses. Após a retirada de militares do sul de Gaza , o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o país está “a um passo da vitória”. Netanyahu falou também que Israel não concordará com um cessar-fogo até que o Hamas liberte todos os reféns israelenses capturados no ataque terrorista do dia 7 de outubro de 2023, que deu início ao conflito.

Para a imprensa local , o porta-voz do Exército explicou que a saída dos militares da região aconteceu pelo “esgotamento de todas as operações de inteligência e combate no local” e negou que isso tenha tido influência de uma pressão do governo dos Estados Unidos sobre Netanyahu.

Na semana passada, após um ataque que matou sete funcionários de uma ONG humanitária que atuava em Gaza, o presidente dos EUA, Joe Biden, ligou para Netanyahu e alertou o primeiro-ministro israelense que a continuidade do apoio dos EUA ao conflito depende de Israel. Biden disse que o país deveria adotar ações “específicas e concretas” para lidar com ataques a civis e proteger os trabalhadores humanitários na Faixa de Gaza.

Neste domingo (dia 7), o porta-voz do exército israelense alegou que a retirada das tropas do sul do enclave palestino foi adotada pq Israel já fez tudo o que podia na região e que já matou milhares de integrantes do Hamas. Ele também pontuou que, com a saída, os palestinos poderão voltar para suas casas. Ele também reconheceu que falharam na missão de devolver os reféns.

Desde o início da guerra, cerca de 1.200 israelenses foram mortos com os ataques do Hamas e 33 mil palestinos morreram nos contra-ataques de Israel, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas. Ainda há centenas de reféns em poder do grupo terrorista.

Dados do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU mostram que, por causa da guerra, pelo menos 500 mil pessoas já vivem em situação de fome ou catástrofe humanitária na Faixa de Gaza. Segundo a Organização Mundial da Saúde, quase toda a população de quase 2 milhões e meio de pessoas no enclave enfrenta escassez aguda de alimentos. A pobreza alimentar atinge 90% das crianças com menos de 2 anos de idade e 95% das mulheres grávidas ou que estão amamentando.

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