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Das 34 pessoas que pediram ao governo brasileiros para serem repatriadas – 24 brasileiros e 10 familiares palestinos próximos –, contempladas com autorização para sair de Gaza em lista divulgada na última quinta-feira (9), 32 atravessaram a passagem fronteiriça de Rafah pela primeira vez desde o início do conflito. Segundo o Itamaraty, duas pessoas do grupo que constavam da lista original desistiram da repatriação e decidiram permanecer em Gaza. Segundo apurou a CNN, duas brasileiras, mãe e filha, decidiram ficar no território palestino por motivos pessoais.
Após a saída, o grupo de brasileiros fará um trajeto de 55 km por via terrestre até chegar ao aeroporto de Al-Arish, no Egito. É neste local onde uma aeronave da Presidência da República já espera os brasileiros, no Cairo, para fazer a viagem de volta ao Brasil.
Além de suprimentos humanitários, o avião está tripulado com médico, enfermeiro e psicólogo que auxiliarão a todos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende receber os brasileiros vindos da Faixa de Gaza na Base Aérea de Brasília.
Fechamento da fronteira
O embaixador Alessandro Candeas, representante do Brasil junto à Palestina, afirmou à CNN na manhã de sábado (11) que ainda não havia possibilidade de saída dos brasileiros e familiares da Faixa de Gaza devido aos ataques em grandes hospitais palestinos.
Segundo Candeas, o pré-requisito para a abertura da fronteira para a evacuação dos estrangeiros contemplados com autorização para deixar o território palestino é a passagem de comboio de ambulâncias com feridos, que têm prioridade na fila para cruzar a fronteira.
A logística de deslocamento das ambulâncias, porém, foi prejudicada após bombardeios em grandes centros de saúde palestinos.
Um grupo de brasileiros e familiares já estava na fronteira em Rafah, enquanto um outro grupo veio de Khan Yunis, no sul de Gaza, mas chegou a retornar para casa após o fechamento da fronteira.
Além dos 34 brasileiros já autorizados a deixar Gaza em lista divulgada na última quinta-feira, há um segundo grupo de cerca de 40 pessoas na região à espera de serem incluídas em uma próxima relação.
A informação foi confirmada à CNN por integrantes do alto escalão do Itamaraty na sexta-feira (10).