Lula diz que gênero e cor não serão critério para indicação ao STF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (25/9) que gênero e cor não serão critérios para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que será aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber. A jornalistas, o presidente disse buscar uma pessoa que possa “atender aos interesses do Brasil”.

“O critério não será mais esse [gênero]. Eu estou muito tranquilo, por isso que estou dizendo que eu vou escolher uma pessoa que possa atender aos interesses e expectativas do Brasil. Uma pessoa que possa servir ao Brasil. Uma pessoa que tenha respeito com a sociedade brasileira. Uma pessoa que tenha respeito, mas não medo da imprensa. Uma pessoa que vote adequadamente sem ficar votando pela imprensa”, destacou.

Em seguida, Lula acrescentou que tem alguns nomes em mente. “Não precisa perguntar essa questão de gênero ou cor, eu já passei por tudo isso. No momento certo, vocês vão saber quem eu pretendo indicar”, emendou.

Entre as indicações de Lula para a Corte, em mandatos anteriores, estão o ministro aposentado Joaquim Barbosa, único negro a assumir uma cadeira na Corte desde a redemocratização, e a ministra Cármen Lúcia. Como repetiu nesta segunda-feira, Lula tem afirmado que os ministros do STF têm votado de acordo com pressão popular ou da mídia e que ele busca uma pessoa que respeite a mídia, mas não se sujeite a ela. O mesmo argumento foi usado pelo presidente para endossar a indicação de seu ex-advogado Cristiano Zanin para ministro do STF.

À época, análise do diretor de Conteúdo do JOTA, Felipe Recondo, apontava que o presidente havia feito um desabafo a Zanin quando ainda estava preso em Curitiba sobre seu inconformismo com decisões dos ministros do STF e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na Lava Jato. “Na prisão, Lula formou a convicção de ter ficado nas mãos de juízes que privilegiaram a conjuntura em detrimento da lei”, diz trecho da análise.

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