| Foto: Aizar Raldes / AFP / CP/
Jogando na altitude de La Paz, o Inter segurou a pressão do Bolívar e conseguiu uma preciosa vitória por 1 a 0. Com o resultado, o Colorado traz para Porto Alegre uma grande vantagem para decidir o avnaço às semifinais da Libertadores. Poderá empatar no Beira-Rio, na próxima terça e não terá a desvantagem da altitude. O gol da partida saiu no primeiro tempo, em um passe açucarado de Alan Patrick, que deixou Valencia do jeito que ele gosta. O centroavante disputou com os zagueiros, abriu para a direita e chutou cruzado, dando números à partida.
No primeiro tempo, foi o Bolívar quem teve o controle de bola e buscou o ataque. Para dar uma ideia, o time boliviano teve onze escanteios e o Colorado, nenhum. O Inter se fechou e soube aproveitar uma das únicas oportunidades. No segundo tempo, o Inter cresceu , subiu as linhas de marcação e conseguiu criar mais chances ofensivas.
Defesa segura e gol de Valencia
No primeiro tempo, o Inter suportou a pressão, fechando as linhas em uma marcação bem organizada e buscando sair no contra-ataque, quando havia oportunidade. A bola lançada de trás para Valencia chegar disputando com os zagueiros foi a saída ofensiva do Inter. E foi por ali que Enner encontrou o gol.
Aos 16, em uma jogada que começou na defesa, Alan Patrick segurou no meio e esperou Valencia aparecer entre os marcadores. O lançamento foi sob medida, Enner correu, abriu para a direita e bateu cruzado para marcar.
Depois do gol, o Colorado conseguiu manter um pouco mais de posse de bola até por volta dos 30 minutos. Na reta final, o cansaço da altitude apareceu e o Bolívar foi para cima, apostando principalmente no jogo aéreo. O esquema de três zagueiros escolhido por Coudet mostrou resultado e a defesa se fechou para as chegadas do time da casa.
Inter cresce no segundo tempo
No segundo tempo, o Bolívar teve novamente o domínio da bola e criou mais, mas o Inter teve mais oportunidades de marcar que no primeiro tempo. Alan Patrick avançou driblando entre os marcadores e poderia passar, mas preferiu o chute, que não saiu bem.
Na reta final, após as substituições, o time colorado ganhou mais fôlego e cresceu no jogo. O Inter subiu as linhas e conseguiu roubar bolas no campo de ataque, tendo mais volume de jogo e arriscando chutes.
O Bolívar foi para o tudo ou nada no fim. Alçou muitas bolas ao redor da meta de Rochet, em escanteios e faltas. Mas a maioria parou nas mãos de Rochet, ou em boas intervenções da defesa. René se destacou, tirando duas para escanteio já nos minutos finais. Apito final, vitória magra, mas importantíssima para as esperanças coloradas.
Libertadores – Quartas de final
Bolívar 0 – Lampe; Bejarano, Bentaberry, Nicolás Ferreyra (Uzeda) e José Sagredo; Justiniano (Villarroel), Villamil (Saucedo) e Bruno Sávio; Francisco da Costa, Pato Rodríguez (Algarañaz) e Ronnie Fernández. Técnico: Beñat San José.
Internacional 1 – Rochet; Vitão, Mercado e Nicolás Hernández; Bustos (Gabriel), Johnny, Aránguiz (Bruno Henrique), Alan Patrick (Igor Gomes) e Renê; Wanderson (Carlos de Pena) e Enner Valencia (Luiz Adriano). Técnico: Eduardo Coudet.
Gol – Enner Valencia, aos 15 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos – Bentaberry e Villamil (Bolívar); Mercado e Renê (Internacional).
Árbitro – Darío Herrera (ARG).
Local – Estádio Hernando Siles, em La Paz (BOL).