Nesta terça tem Brasil x Jamaica, pela Copa do Mundo Feminina

(Foto: Thaís Magalhães / CBF)

Na manhã desta quarta-feira (2), às 7h (horário de Brasília), a Seleção Brasileira entra em campo contra a Jamaica, pela terceira e decisiva rodada do grupo F da Copa do Mundo Feminina. O jogo será realizado no Estádio Retangular de Melbourne, na Austrália. A equipe comandada por Pia Sundhage precisa necessariamente da vitória para conseguir a classificação. Um empate acabaria levando à necessidade de derrota da França para o Panamá, e a derrota levaria ao vexame da eliminação ainda na fase de grupos. Com a importância do confronto, o Lance! preparou um guia para você ficar a par de tudo aquilo que envolve Brasil e Jamaica nesta quarta-feira.

JORNADA DA CANARINHO
A estreia da Seleção Brasileira foi positiva. Em Adelaide, na Austrália, as comandadas de Pia Sundhage golearam o Panamá com autoridade, por 4 a 0. A melhor em campo foi Ary Borges, que marcou três vezes (Bia Zaneratto completou a vitória). A facilidade do primeiro jogo não foi traduzida na sequência da competição, onde, no segundo jogo, o rendimento caiu.

Em Brisbane, casa da Seleção nesta Copa, o time acabou perdendo para a França por 2 a 1. Eugénie Le Sommer abriu o placar marcando de cabeça; Debinha empatou o jogo na segunda etapa, mas a capitã Wendie Renard, novamente de cabeça, anotou o tento da vitória aos 38 da segunda etapa. Para uma seleção que sonhava com a vitória e com a garantia da vaga nas oitavas de final, ficou um gosto amargo de que poderia ter sido mais.

LÁPIS E CANETA
Com a queda para as europeias, urge a necessidade do torcedor brasileiro de olhar para a tabela e fazer contas. A França está liderando o grupo F com quatro pontos em dois jogos. A Jamaica também tem quatro pontos e o saldo é igual ao da França (um), mas no critério de gols marcados, as europeias têm dois, contra um das centro-americanas. O Brasil, com três pontos, vem logo atrás, e o Panamá, zerado na lanterna, já não tem mais chances de classificação.

Vencendo seu compromisso contra as jamaicanas, a Seleção avança para a próxima fase. Um empate no duelo causaria um grande problema: a França precisaria perder para o Panamá, por qualquer placar, para que o Brasil passe. A derrota, de qualquer forma, decretaria a eliminação. Se quiser garantir a liderança da chave, o Brasil precisa vencer seu confronto e torcer por um tropeço das francesas.

O QUE VEM DEPOIS?
Nas oitavas de final, o chaveamento será com o grupo H. Se passar em primeiro, enfrentará a segunda colocada da oitava chave; caso conquiste a segunda vaga, enfrentará a líder.

No grupo H, quem lidera é a Colômbia, após vencer a Alemanha com gol aos 51 da segunda etapa. Com seis pontos, as sul-americanas só precisam de um empate na segunda rodada para garantir o primeiro lugar. A Alemanha está em segundo, com três pontos, seguida pelo Marrocos também com três (está em terceiro por ter saldo inferior) e pela Coreia do Sul, com zero. Na última rodada, as líderes enfrentam a seleção africana, enquanto as vice-líderes decidem sua jornada contra as asiáticas.

A OPONENTE DESTA QUARTA
A equipe da Jamaica se mostrou um time organizado nas duas primeiras rodadas. O time comandado por Lorne Donaldson foi competente o suficiente para resistir ao domínio da França e segurar um empate sem gols na primeira rodada. Depois, no segundo jogo, mostraram ímpeto para buscar uma vitória crucial sobre o Panamá. Uma equipe aplicada taticamente, que não aposta apenas na velocidade ou na força física de suas atletas e sabe como se portar diante das situações impostas pelo jogo.

A principal aposta, sem sombra de dúvidas, é na atacante Khadija Shaw. Apelidada pela família e conhecida no mundo do futebol como “Bunny” (traduzido como “coelhinha”), Khadija tem 26 anos, 1,82 e muita habilidade nos pés. A jamaicana atua pelo Manchester City e mesmo com pouca idade, já é a maior artilheira da história da seleção. Uma jogadora completa, que usa bem os pés, é veloz, inteligente e sabe brigar por uma bola aérea. Seus números com a camisa dos Citizens são assombrosos: 50 gols e 15 assistências em 59 partidas, uma média de participações em gols quase igual à de Erling Haaland, estrela da equipe masculina que concorre ao prêmio de melhor do mundo.

HISTÓRICO POSITIVO
O raio-x do confronto indica que as seleções femininas de Brasil e Jamaica se confrontaram em duas oportunidades anteriormente. A primeira aconteceu nos Jogos Pan-Americanos de 2007, com a Canarinho levando a melhor: goleada por 5 a 0, com gols de Kátia Cilene (2), Marta, Daniela Alves e Cristiane. A centroavante voltaria a ser carrasco das jamaicanas 12 anos depois, na Copa de 2019: brilho e hat-trick em triunfo por 3 a 0.

COMO VEM O BRASIL?
Após a derrota para a França, brasileiros nas redes sociais fizeram críticas pesadas e atribuíram a culpa a Pia Sundhage. A treinadora optou por manter Marta fora do time e sacou Bia Zaneratto, em relação ao primeiro jogo, para colocar Geyse. A mudança surtiu pouco efeito e a incógnita desta quarta é quem formará a dupla de ataque com Debinha.

A pergunta que não quer calar na cabeça do torcedor brasileiro é se Marta finalmente fará uma partida como titular nesta Copa do Mundo, mesmo que seja como meia e não no ataque. Nos primeiros dois jogos, foram apenas 38 minutos em campo, sendo 25 contra o Panamá e 13 contra a França, entrando já com um desfavorável 2 a 1 no placar. Apesar da pressão da torcida e da necessidade de vencer, Pia Sundhage despistou a opção e afirmou que amanhã os brasileiros saberão a decisão.

– Amanhã vocês vão ver quem estará no time titular. Mas entendo que o plano de jogo contra a Jamaica é muito importante, porque é agora ou nunca. E esta “velha moça” é importante para todas nós, claro, por toda a experiência que ela tem. Vamos ver. Temos uma chance para jogar um bom futebol e vencer a partida. Estudar a outra equipe é muito importante e passar às jogadoras que tipo de jogo está por vir também. Um empate 0 a 0, a Jamaica está dentro, um 1 a 0 para o Brasil, nós estamos dentro. Um gol muda o jogo totalmente. Então, é claro que estamos preparadas para isso – disse a técnica.

AGORA OU NUNCA!
O jogo desta quarta-feira será realizado no Estádio Retangular de Melbourne, na Austrália, às 7h (horário de Brasília). Esther Staubli apita, auxiliada por Katrin Rafalski e Susann Kung. Vincentia Amedome será a quarta árbitra do confronto.

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