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O Memorial 2 de Julho, no Largo da Lapinha, segue aberto para visitação gratuita, de terça a domingo, das 10h às 17h (com acesso até 16h30). Escolas interessadas podem agendar suas turmas através do telefone (71) 3202-7663. O público espontâneo também pode chegar e conhecer, sem necessidade de agendamento prévio.
Desde a inauguração, o espaço já recebeu um público total de 312 visitantes, incluindo estudantes de escolas públicas do entorno, projetos educativos, pessoas da comunidade e bairros adjacentes, turistas e funcionários públicos. “Tem sido um equipamento de forte incentivo ao mergulho no nosso passado”, frisa a coordenadora de Equipamentos Culturais da Secretaria Municipal de Cultural e Turismo (Secult), Camila Brito. O espaço abriga a história da independência da Bahia, com ênfase na participação popular, nas batalhas e festejos do 2 de Julho.
Parte do acervo foi produzido durante os festejos deste ano, bicentenário da independência, trazendo pra o memorial às sonoridades, vozes e rostos presentes na festa. O memorial abriga as imagens da Cabocla e do Caboclo, que antes só apareciam nos festejos e agora podem ser visitadas o ano todo.
“A expografia passa por diversas nuances da festa, a devoção, sentimento de pertencimento ao evento cívico, transformado em fé e devoção ao Caboclo e Cabocla por parte da população. Temos uma linha do tempo, que traz documentos e informações históricas, organizando as principais informações sobre o evento histórico e os dois séculos da festa”, assinala a coordenadora.
Estrutura do espaço e equipe – O Memorial está em pleno funcionamento, com equipe qualificada e multidisciplinar de educadores/mediadores, entre museólogo, historiadora, técnica em turismo, guia de turismo regional e técnico audiovisual. O equipamento foi instalado pela Prefeitura de Salvador e é parte integrante dos festejos do bicentenário da Independência do Brasil na Bahia.
Parte do acervo foi construído durante a festa deste ano, com fotografias das pessoas que estavam no cortejo e captação dos sons emitidos pelas fanfarras, bandas marciais, sambas, cânticos e as vozes. A intervenção e montagem do acervo contaram com investimentos na ordem de R$3,5 milhões.
O acervo é, em sua maioria, digital, devido ao espaço reduzido do Pavilhão. No térreo, além das carruagens com os caboclos, telefones públicos estarão expostos com histórias da festa do 2 de julho contadas pelas pessoas que as viveram
No 1º andar, “A Voz do Povo”, estão os mais de 100 retratos tirados durante o bicentenário, entrevistas feitas com pessoas envolvidas diretamente na festa e uma parede com frases retiradas dessas entrevistas que revelam o tom político atemporal do 2 de julho
O último pavimento, o mezanino, é onde está o acervo mais robusto da expografia, onde as pessoas podem ler, estudar e interagir, através de uma linha do tempo. Historiadores contam a história do 2 de Julho como se fosse uma conversa.
As paredes do Pavilhão foram restauradas nos moldes da década de 1950, com os nomes de soldados, combatentes e batalhas que fizeram parte da Independência na Bahia. Um patchwork costurado à mão vai incluir nomes que não foram gravados nas paredes antigamente, como Maria Quitéria, Joana Angélica e Maria Felipa.